Relator da Lei Geral da Copa garante 30% dos ingressos a preços populares

Deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) garante que a Fifa não se recusou a dar desconto de 50% nos ingressos para estudantes, idosos e pessoas de baixa renda

O relator assegurou que desde as primeiras conversas não foram colocados impedimentos por parte da Fifa em relação ao desconto (Foto: Beto Oliveira/ Agência Câmara)

 

São Paulo – Dirigentes e parlamentares reuniram-se nesta quinta-feira (1º) na Assembleia Legislativa de São Paulo para uma audiência pública sobre o Projeto de Lei 2.330/2011, denominado Lei Geral da Copa do Mundo – 2014. O relator da matéria, deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), falou sobre o papel do legislativo paulista na elaboração da proposta e garantiu que pelo menos 30% dos ingressos de jogos serão vendidos a preços populares.

Além do relator, a reunião contou com a participação do secretário nacional de Futebol do Ministério do Esporte, Alcino Rocha, secretário especial de Articulação para a Copa 2014, Gilmar Tadeu Alves, de diversos parlamentares paulistas e dirigentes de clubes do estado, como o corintiano Andrés Sanchez.

Vicente Cândido assegurou que desde as primeiras conversas não foram colocados impedimentos por parte da Federação Internacional de Futebol (Fifa) em relação ao desconto de 50% para estudantes, idosos e pessoas de baixa renda. “A Fifa disse que o problema é operacional, eles vendem todos os ingressos dos jogos pela internet, e não é possível vender os ingressos direcionados por categoria pela internet”, detalhou.

O deputado federal contou que a solução do problema veio da própria entidade. “A Fifa separou o bloco de categoria 4, que são os ingressos mais baratos, para atender a essas demandas de ingressos com desconto”, disse.

De acordo com o parlamentar, essa parcela de entradas compreenderia um universo pouco superior a 30% de todos os ingressos para os jogos – aproximadamente 400 mil bilhetes para um total de 1 milhão. De acordo com as previsões, esses ingressos custariam aproximadamente US$ 30 (R$ 53 aproximadamente cada). O bilhete mais caro pode chegar a custar US$ 900.

O deputado estadual Jooji Hato (PMDB) concordou com Vicente Cândido e disse que o desconto é uma questão de reconhecimento. “O governo tem de investir e reconhecer o trabalho das pessoas da terceira idade, que já trabalharam tanto e têm uma aposentadoria tão miguada e não conseguiriam comprar o ingresso”, defendeu.

Outro defensor da medida foi o deputado estadual Edinho Silva (PT). “A Fifa tem de ceder, e nós temos de adaptar a nossa legislação àquilo que é a normatização internacional. Como o Brasil está cedendo em muitas áreas, eu penso que a Fifa também poderia ceder a respeito daquilo que são garantias da nossa população”, falou.

Legislativo paulista

Vicente Cândido citou a hegemonia do futebol paulistano, e a consequente contribuição diferenciada do estado em relação às normatizações que irão nortear todas as ações envolvendo a Copa do Mundo em 2014. “Estamos aqui para coletar ideias junto ao governo e aos dirigentes de futebol para o arremate do relatório que tratará sobre a lei geral”, disse. Ele antecipou que deverá apresentar o o projeto na terça-feira (6), no Congresso.

Edinho Silva destacou a importância da audiência em São Paulo como forma de pluralizar a exposição de pensamentos. “Estamos cumprindo o papel de colocar na mesma mesa todos os setores envolvidos, para que possamos debater, analisando a lei federal e de que forma essas regulamentações podem ser aplicadas no estado de São Paulo”, ressaltou.

 

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