Incêndio em prédio abandonado atinge favela no centro de São Paulo

São Paulo – Um incêndio atingiu a comunidade do Moinho, na região central da capital paulista na manhã desta quinta-feira (21). O fogo começou por volta das 10h em um […]

São Paulo – Um incêndio atingiu a comunidade do Moinho, na região central da capital paulista na manhã desta quinta-feira (21). O fogo começou por volta das 10h em um prédio particular abandonado, conforme informaram moradores da região. Foram 33 viaturas do Corpo de Bombeiros mobilizadas para controlar as chamas, o que foi alcançado às 12h50.

Segundo a Defesa Civil de São Paulo, entre 60% e 70% das casas foram atingidas, deixando os moradores desabrigados. Foram registrados três feridos e, até as 11h da sexta (23), três corpos foram encontrados carbonizados, segundo os bombeiros. Na comunidade, vivem 1.656 pessoas em 532 unidades habitacionais segundo o Censo Demográfico – Aglomerados Subnormais de 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (21).

Parte das construções tem madeira como matéria-prima, o que facilitou a dispersão do fogo. De acordo com os bombeiros, havia concentração de papelão e outros materiais recicláveis armazenados nas casas, o que também pode ter contribuído. A proximidade entre as edificações precárias é outro fator que agravou o problema. Butijões de gás foram retirados do local para evitar risco de explosão.

A favela do Moinho fica no bairro de Campos Elíseos, próximo do Bom Retiro e da Luz – um dos principais alvos de intervenção da prefeitura na região. Segundo o prefeito Gilberto Kassab (PSD), as famílias desabrigadas serão transferidas a abrigos ou a casas de amigos e parentes e, depois, a outras regiões do município.

A proximidade a trilhos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) provocou problemas no tráfego em trens das linhas 7-Rubi e 8-Diamante. A fumaça espalhou-se por toda a região central. Os bombeiros tiveram ajuda de viaturas da Polícia Militar, da Defesa Civil, da Eletropaulo e da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET).

Estimativas de urbanistas sugerem que há 100 mil unidades habitacionais vazias no centro. A prefeitura chegou a prometer transformar 50 edifícios nessas condições em moradias populares – embora movimentos de sem teto critiquem a lentidão da administração para fazer reformas.

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