Secretário adjunto dos transportes de São Paulo diz que aumento de tarifa foi ‘decisão política’

Ativistas estão acorrentados para pressionar por negociação contra o aumento da tarifa (Foto: Ana Morbach/Divulgação) São Paulo – Em reunião com ativistas do Movimento do Passe Livre (MPL) na manhã […]

Ativistas estão acorrentados para pressionar por negociação contra o aumento da tarifa (Foto: Ana Morbach/Divulgação)

São Paulo – Em reunião com ativistas do Movimento do Passe Livre (MPL) na manhã desta quinta-feira (17), o secretário-adjunto de Transportes da capital paulista, Pedro Luiz de Brito Machado, afirmou que o reajuste de tarifas de ônibus na cidade foi uma decisão política e não técnica. Com o argumento, ele refutava a necessidade de se debater as planilhas de custos e de subsídios bancados pela prefeitura no transporte urbano.

Os ativistas foram ao Museu do Transporte, nas proximidades da estação Armênia do Metrô, na zona norte, onde estava marcada uma reunião entre o movimento, representantes da prefeitura e da Câmara de Vereadores. Como nenhum membro da administração municipal compareceu, eles deslocaram-se até a Secretaria de Transportes, em busca de informações e de um compromisso de que um novo encontro fosse agendado.

Lá, tiveram uma audiência informal com Machado, que afirmou considerar remota a possibilidade de o prefeito Gilberto Kassab voltar atrás em relação ao aumento. Ele afirmou não haver “intenção” da prefeitura de rever a medida, embora possa haver encontros de negociação. A decisão do reajuste, segundo o secretário, apesar de impopular, teve natureza política e não baseada apenas nos aumentos de custos de combustíveis e de autopeças.

Segundo vereadores da oposição, o aumento de 11% instituído a partir de 5 de janeiro – acima dos 6,47% medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – foi mais pesado para evitar reajuste mais tarde, em ano eleitoral. Com um valor mais elevado, não seria necessário promover nova correção em 2012, quando o município define o sucessor de Kassab.

Diante da indefinição a respeito da reunião com a prefeitura, os ativistas dirigiram-se à sede da prefeitura, onde seis deles acorrentaram-se ao prédio. Eles prometem sair apenas depois de conseguir uma data de encontro com Kassab.