Com governadores, Dilma prioriza Nordeste no Brasil sem Miséria

Ao assinar pacto que implementa programa, presidenta reafirma que objetivo é aprofundar mudanças em curso no país, como a ascenção de 40 milhões à classe média nos últimos oito anos

Tratamento de água e saúde serão dois dos focos principais do programa Brasil sem Miséria (Foto: Roberto Stuckert\ presidência)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff assinou, nesta segunda-feira (25), em Alagoas, um pacto por um Brasil sem Miséria – Nordeste. Dilma falou da importância de lançar o programa na região onde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se concentram 80% das 16 milhões de pessoas que se encontram em situação de extrema pobreza no país.

O pacto foi assinado pelos nove governadores do Nordeste e formaliza um esforço conjuno em torno de uma causa nacional. Dilma afirmou que não irá descansar enquanto não retirar parte da população nordestina que se encontra em situação de miséria.  Isso vale para todo o Brasil, mas vale sobretudo aqui para o Nordeste”, afirmou a presidenta.

A presidenta lembrou que o programa dá continuidade a transformações vividas pelo país nos últimos anos. Ela voltou a comemorar o fato de que ascenderam às classes médias, deixando a condições de pobreza, 40 milhões de pessoas desde 2005, contingente equivalente à população da Argentina. “Nossa meta é olhar para isso e perceber que, apesar de ter isso uma grande vitória nossa, apesar de termos conseguido junto, a partir de 2003, este feito, ainda restam 16 milhões que nos temos de tirar da miséria”, frisou a presidenta.

“Para o Brasil crescer, o Nordeste tem de crescer”, disse em entrevista a rádios da região, ainda no aeroporto alagoano. Para Dilma, “combater a miséria significa desenvolver o país”. Ela explicou que o Brasil sem Miséria buscará resolver dificuldades rurais e urbanas, começando com um forte investimento em tratamento de água. “Vamos trazer para a região cisternas e abastecimentos simplificados de água, para garantir que o morador tenha acesso a água tratada”, explicou a presidenta.

As questões de saúde também serão tratadas como prioridade. “Vamos colocar Unidades Básicas de Saúde nas regiões mais pobres. Elas estarão localizadas nas microrregiões onde está concentrada a população mais humilde, identificada pelo IBGE”, prometeu. A presidenta ainda garantiu que o governo fará mutirões para quem precisa de óculos e próteses dentárias.

A presidenta mencionou a tentativa de acordo para negociar a dívida de Alagoas com a União e a anistia total ou parcial de débitos de agricultores com bancos públicos. Ao final, Dilma deixou um recado, analisando que a “mulher alagoana tem a característica marcada da mulher brasileira, aquela que garante a estrutura da família”.

Após a entrevista, a presidenta se dirigiu à cidade de Arapiraca, distante 120 quilômetros da capital, onde visita a Unidade Classificadora e Empacotadora de Farinha de Mandioca da Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooper-Agro).