Para governo, campanha contra Palocci é buscar “chifre na cabeça de cavalo”

Comissões rejeitam pedidos para ouvir o ministro da Casa Civil a respeito do crescimento do patrimônio pessoal entre 2007 e 2010

Brasília – O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), avaliou nesta quarta-feira (25) que é inconsistente a argumentação formulada pela oposição em torno do aumento do patrimônio pessoal do ministro-chefe de Casa Civil, Antonio Palocci.

“O Brasil sabe que a oposição quer embaralhar a discussão política. É uma bobagem sem fundamento. Todo mundo sabe que a oposição quer fazer CPI. Aliás, tem oito anos que a oposição só faz isso”, disparou Vaccarezza em conversa com jornalistas no Congresso. O PSDB tenta nos últimos dias colher assinaturas para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com vistas a investigar a vida financeira do ministro.

Até agora, os tucanos não tiveram êxito na estratégia, e acusam o governo de obstruir os esforços por uma apuração. “O governo não obstrui CPI, porque quem faz CPI é o Congresso, é a Câmara, não o governo”, defende o líder da base aliada.

Nesta quarta, a oposição acabou derrotada em três tentativas de levar Palocci à Câmara. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle rejeitou três requerimento que visavam a forçar o ministro a explicar o crescimento do patrimônio pessoal entre 2007 e 2010, de R$ 375 mil para R$ 7 milhões.

A Procuradoria Geral da República e a Comissão de Ética da Presidência já declararam, separadamente, não haver motivo para investigação, uma vez que o crescimento da renda é fruto fundamentalmente de uma empresa de consultoria mantida pelo petista. 

“Não há nenhum problema em a WTorre ter contratado a consultoria de Palocci e ter contribuído com as campanhas do PT e do PSDB. É (querer ver) chifre na cabeça de cavalo”, afirmou Vaccarezza em referência à construtora que foi cliente da empresa do ministro. “Todas as questões legais, tudo o que tinha de fazer, o Palocci fez. Mas a oposição quer fazer palanque disso.”

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