Descaso

Em meio a caos na Bahia, Bolsonaro em férias é xingado e aplaudido em parque de diversões

Brasil de Fato – As férias do presidente têm sido alvo de críticas pelo fato de o mandatário estar usufruindo de momentos de folga e lazer enquanto uma tragédia assola o […]

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Brasil de Fato – As férias do presidente têm sido alvo de críticas pelo fato de o mandatário estar usufruindo de momentos de folga e lazer enquanto uma tragédia assola o estado da Bahia, que enfrenta fortes chuvas e já contabiliza 24 mortos. Mas o presidente também recebeu aplausos e palmas de apoiadores no parque temático.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, visitou nesta quinta-feira (30) um parque de diversões no interior do estado de Santa Catarina, onde goza férias. No local, participou de uma das atrações temáticas, fazendo manobras em um automóvel e vestindo um macacão com propagandas de uma marca internacional de brinquedos. Ao chegar no parque, ele foi vaiado e xingado por parte dos visitantes, como se pode ver no vídeo abaixo.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou a postura do presidente em relação às enchentes que castigaram o sul do estado nos últimos dias. A Superintendência de Proteção e Defesa Civil do estado (Sudec) informou nesta quarta-feira (29) que o número de mortos em função das chuvas chegou a 24, com 37.324 desabrigados, 53.934 de desalojados e um total de 629 mil pessoas atingidas. Mesmo diante do cenário, o presidente não interrompeu suas férias no litoral de Santa Catarina.


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“Durante três anos, em nenhum momento, em nenhum outro desastre, na pandemia, ou em qualquer situação que significasse prestar solidariedade à vida humana, ele fez qualquer gesto. É um presidente que não demonstra nenhum sentimento em relação à dor do próximo”, disse Rui Costa sobre Bolsonaro, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta quinta-feira (30).

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Costa também apontou para a falta de preparo do Executivo do país para lidar com situações como esta. “O governo federal não tem nenhuma estrutura de ajuda aos estados para desastres. Os helicópteros do Exército, da Marinha, são completamente inadequados para esse tipo de coisa. São helicópteros para a guerra, não para sobrevoar áreas urbanas. Um helicóptero daquele tamanho, quando baixa a uma altura mais reduzida, arranca as telhas, é um desastre”, apontou.

“Nenhum estado sozinho tem a capacidade de responder a uma demanda dessa. Aliás, essa é uma das coisas que falta ser estruturada no Brasil. Outros países do mundo têm uma estrutura regional para o enfrentamento de grandes desastres, nós não. Inclusive começamos a conversar no Consórcio do Nordeste para ter uma aeronave, por exemplo, mais sofisticada de combate a incêndios, de resgate de pessoas.”


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