Física e psicológica

Violência doméstica, sexual e obstétrica agrava cenário da saúde da mulher

Em 2018, das brasileiras com mais de 16 anos, 27,4% sofreram algum tipo de violência, como ofensa verbal e ameaça de espancamento. E 59% delas afirmam ter presenciado agressão a uma mulher

Reprodução/Conasems

O quadro pode ser revertido com ações de acolhimento a mulheres, como a desenvolvida em São Luís (MA)

São Paulo – A cada hora de 2018, cerca de 536 mulheres sofreram agressão física no Brasil, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto Datafolha. Um total de 4,7 milhões de mulheres agredidas. Das brasileiras com mais de 16 anos, 27,4% sofreram algum tipo de violência, como ofensa verbal e ameaça de espancamento. E 59% delas afirmam ter presenciado uma mulher sendo agredida verbalmente ou fisicamente nesse período. A relação com o agressor também foi investigada, e 76% das entrevistadas disseram que o autor da agressão era um conhecido, companheiro, namorado ou cônjuge.

O atendimento especializado e integral para mulheres vítimas de violência doméstica e sexual no Sistema Único de Saúde (SUS) é garantido por lei. A Constituição estabelece, entre outros direitos, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras.

O acesso aos serviços de saúde é garantido pelo SUS a todas as mulheres, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero. Por meio da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, o SUS iniciou um caminho para a construção de mais equidade, com respeito à diversidade, garantia do acesso universal à saúde pública e repudiando práticas de discriminação e preconceito nas Unidades de Saúde.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) divulgou hoje (8), Dia da Mulher, experiências exitosas de ampliação da rede de cuidado. Entre elas, a de São Luís (MA). Implantado pelo Setor de Atividades Especiais Espaço Mulher (Saeem), acolhe mulheres em situação de violência no Hospital de Urgência e Emergência Dr. Clementino Moura (Socorrão II). O projeto funciona em rede por meio da parceria com a Delegacia da Mulher de São Luís e outras instituições.

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