Ponte para qual futuro?

Comunidade científica faz protesto contra cortes no orçamento neste domingo (8)

Com o atual cenário, novos pesquisadores migram para o exterior e centros de pesquisa e universidades públicas sofrem com desmonte

PORTAL BRASIL

Orçamento da ciência em 2018 será um dos menores da história e comprometerá o futuro do Brasil

São Paulo – No próximo domingo (8), a partir das 15h, cientistas e pesquisadores estarão em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, para realizar a terceira Marcha pela Ciência, um protesto contra os sucessivos cortes no orçamento que estão tornando a atividade inviável no Brasil. 

A ação é coordenada pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), em conjunto com Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC).

Um dos alvos do protesto é novo corte na ciência, programado no Projeto de Lei Orçamentária de 2018, que representa uma redução de quase 40% em relação ao deste ano, um dos menores da história: R$ 2,4 bilhões. O valor é 44% menor do que o previsto antes dos cortes anunciados pelo governo federal e representa menos de um terço do orçamento de 2010.

De acordo com o presidente da Academia de Ciências de São Paulo, Marcos Silveira Buckeridge, cortar a verba da ciência é condenar o desenvolvimento do Brasil. Ele ressalta que a falta de recursos não é um problema só para o presente, mas compromete o futuro.

“Isso é preocupante, principalmente fora de São Paulo. Esses cortes representam o fechamento de laboratórios. O desânimo por parte dos pesquisadores mais jovens é enorme e já se preparam para migrarem ao exterior. Ao invés de ajudar o Brasil a avançar, estamos doando cérebros para outros países e ajudando outros lugares a se desenvolver”, afirma, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual.

Os organizadores também querem o fim dos desmontes das universidades públicas e institutos de pesquisas de São Paulo. Entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apoiam a iniciativa.

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