Vacinação de idosos é adiada em três regiões

Número de pessoas vacinadas contra a gripe suína mais que dobrou em dez dias, diz ministério

Vacinação alcança 41% dos jovens até 29 anos. Ministério reforça campanha (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Brasília – Um atraso na entrega da vacina contra a gripe sazonal ou gripe comum vai adiar a campanha de imunização de idosos com mais de 60 anos em três regiões – Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (19) pelo secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna.

Segundo ele, o Instituto Butantan – único laboratório público que fabrica a vacina no Brasil – informou que não vai conseguir entregar os 18 milhões de doses para que a imunização possa começar no próximo sábado (24). Até o momento, apenas 6 milhões de doses foram entregues.

Com isso, os idosos que moram no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país só poderão tomar a vacina entre os dias 8 e 21 de maio. Com isso, quem tem mais de 60 anos e é portador de doença crônica terá que ir a um postos de saúde duas vezes este ano – uma para receber a vacina contra a influenza A (H1N1) – gripe suína – e outra, logo após, para ser imunizado contra a gripe comum.

No Sul e no Norte, o calendário será mantido, com a vacinação contra as duas doenças no período de 24 de abril e 7 de maio. Neste caso, os idosos com doenças crônicas vão receber as duas doses na mesma ocasião.

“Esse adiamento não trará nenhum prejuízo aos idosos. O importante é que o idoso receba a vacina antes do inverno”, destacou Penna. “Essa gripe matou mais de 2 mil brasileiros e agora temos uma vacina eficaz. Estamos fazendo a nossa parte. Cada um precisa ser responsável e se vacinar”, completou.

Aceleração

O Ministério da Saúde informou nesta segunda que o número de pessoas imunizadas mais do que dobrou nos últimos dez dias, passando de 12,9 milhões para 28,3 milhões. O secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, lembrou que esta é a maior estratégia de vacinação já realizada no país, mas destacou que ainda há dificuldade para a adesão de grávidas e doentes crônicos.

No primeiro grupo, o percentual de doses administradas nos últimos dez dias passou de 41% para 54% do total a ser vacinado e no segundo, de 33% para 56%. Jovens adultos entre 20 e 29 anos, segundo Penna, também preocupam. Neste grupo, a adesão aumentou de 10% para 41%. “Os jovens se acham imunes a tudo, mas não são. Precisam se vacinar”, reforçou o secretário.

De acordo com a pasta, 75% das pessoas que morreram no ano passado em decorrência da gripe eram portadoras de alguma doença crônica. A mortalidade entre grávidas chegou a ser 50% maior do que na população em geral e 20% das mortes provocadas pelo vírus Influenza H1N1 foram registradas entre jovens de 20 a 29 anos.

Fonte: Agência Brasil

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