Governo libera R$ 110 mi para combater mortalidade infantil

Os recursos serão aplicados em ações na Amazônia Legal e no Nordeste, onde as mortes de 220.919 crianças até um ano, entre 2000 e 2007, corresponderam a quase 50% do total nacional

O Ministério da Saúde anunciou segunda-feira (25) investimento de R$ 110 milhões a ser aplicado neste ano em ações para reduzir a mortalidade infantil na Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e grande parte dos estados do Maranhão e Mato Grosso) e no Nordeste. O objetivo é reduzir, no mínimo, em 5% o número de mortes de crianças menores de um ano de idade.

O pacto prevê ações em um total de 250 municípios. Entre 2000 e 2007, no Brasil, morreram 443.946 crianças nessa faixa etária. No Nordeste, foram 144.003 e na Amazônia Legal, 76.916, o que totalizou 220.919, ou quase 50% do total nacional.

A maioria das mortes de recém-nascidos ocorre por falta de atenção à mulher durante a gestão, no parto e também ao feto e ao bebê. A mortalidade infantil também está associada à educação, ao padrão de renda familiar, ao acesso aos serviços de saúde, à oferta de água tratada e esgoto e ao grau de informação das mães.

Segundo dados do ministério, a Amazônia Legal e o Nordeste estão entre as prioridades do governo federal, que pretende diminuir as desigualdades regionais até 2010. Além da mortalidade infantil, especialmente a de neonatos, o governo quer acabar com o sub-registro de nascimento, o analfabetismo e garantir mais investimentos na agricultura familiar.

 Com o novo pacto, a região ganhará: 

425 equipes de Saúde da Família 
460 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) 
736 leitos de UTI 
2.208 leitos de UCI 
22 bancos de leite 
107 Hospitais Amigo da Criança 
110 Maternidades com equipes capacitadas para Método Canguru 
1.659 equipes de Saúde da Família capacitadas

Leia também

Últimas notícias