SRAG

Covid-19 ressurge como principal causa de síndrome respiratória, alerta Fiocruz

Boletim Infogripe também destaca que a covid-19 foi responsável por 79,5% dos óbitos por SRAG com diagnóstico positivo para algum vírus respiratório

Breno Esaki/Agência Saúde DF
Breno Esaki/Agência Saúde DF
Tendência é de crescimento nos casos de SRAG em todas as faixas etárias da população adulta

São Paulo – O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta sexta-feira (20) afirma que a covid-19 voltou a ser a principal causa de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil. A doença responde por 41,8% dos casos diagnosticados nas últimas quatro semanas epidemiológicas. Assim a covid-19 voltou a superar o volume de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), que atinge principalmente crianças pequenas e correspondeu a 36,5% do total de casos de SRAG.

Em relação às mortes por SRAG, o boletim destaca que 79,5% se devem à covid-19. Já o VSR respondeu por 6,6% dos óbitos. Outros 4,6% foram decorrentes da Influenza A e 0,7%, da Influenza B. Em todo o ano, a SRAG já matou cerca de 25 mil pessoas, e a covid responde por 94,5% dos casos testados.

“O aumento de casos de SRAG na população adulta fez com que os resultados positivos voltem a ser de Sars-CoV-2”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. “No Rio Grande do Sul, é possível observar que o aumento de casos de SRAG também está associado ao aumento de casos de Influenza A, ainda que em valores relativamente baixos”.

O boletim indica sinal de crescimento de SRAG nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas) em todo o país. E estima cerca de 5,5 mil casos somente dos dias 8 a 14. Nesse sentido, os dados indicam crescimento no número de casos de SRAG em todas as faixas etárias da população adulta. Nas crianças e adolescentes, observa-se manutenção do sinal de estabilização, mas em “patamar elevado”.

Por região

Desse modo, são 18 unidades federativas que apresentaram crescimento na tendência de longo prazo, aponta a Fiocruz: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. No Distrito Federal, Goiás, Pará e Sergipe, há sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo. 

Além disso, 21 das 27 capitais têm sinais de crescimento dos casos de SRAG no longo prazo: Aracaju, Boa Vista, Plano Piloto e arredores em Brasília, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo e Vitória. 


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