pandemia não acabou

Conselho Nacional de Saúde reafirma alertas e pede cautela com covid-19

Para o Conselho, Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais devem manter estratégias de enfrentamento. Há recrudescimento de casos e fluxo de pessoas devido à guerra também preocupa

Breno Esaki/Agência Saúde DF
Breno Esaki/Agência Saúde DF
Os profissionais da Enfermagem tiveram o piso suspenso por determinação do STF. A categoria teria recebido pela primeira vez no último 5 de setembro

São Paulo – O Conselho Nacional de Saúde (CNS) reafirma alerta ao Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais para a manutenção de estratégias de enfrentamento e combate à covid-19. O alerta é reforçado após o fim do estado de emergência decretado no domingo (17) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O Brasil registra oficialmente 662.026 mortes e 30.261.088 casos de infecções pelo coronavírus, sem contar a subnotificação.

A medida ministerial, de cunho eleitoreiro, pode acarretar o fim de uma série de outras medidas adotadas desde o início da pandemia para o seu enfrentamento. É o caso da obrigatoriedade do uso de máscaras, da adoção do teletrabalho (home office), da regulamentação da telemedicina e também de normativas autorizando o uso emergencial de medicamentos e vacinas.

A situação, porém, está longe de permitir o fim do estado de emergência, como mostra o documento elaborado pela Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde (Civs/CNS), com participação de representantes do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Organização Panamericana da Saúde (Opas). Primeiro porque há o recrudescimento de casos, principalmente na China, Austrália e alguns países da Europa, com ocorrência de casos e registros de mortes.

A Coreia do Sul apresenta números importantes de casos e de óbitos. Além dela, tem sido observado um aumento de casos na Alemanha e no Vietnã. E também preocupa o aumento de casos decorrentes do fluxo de pessoas sem condições de segurança sanitária em consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Conass

Além disso, a situação no Brasil não é das mais confortáveis, diferentemente do que possa parecer. Com base no Painel de Monitoramento da Covid-19, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), atualizado no último dia 4, a média móvel é mais elevada se comparada ao período anterior à emergência da variante ômicron. Cabendo, portanto, a manutenção do alerta contra a covid-19.

Os autores da nota técnica ainda destacam a discrepância na cobertura vacinal no continente americano. No Chile está em torno de 90%, contra 22% na Guiana Francesa. Daí a Organização Mundial da Saúde (OMS) manter as suas recomendações de situação pandêmica para a covid-19. Com isso, reforça a continuidade das medidas de proteção cientificamente comprovadas, como uso de máscara, higiene das mãos, distanciamento social, organização dos serviços de saúde e acesso equânime da população, e avanço da vacinação em todos os países.

Clique aqui para ler a nota na íntegra.


Leia também


Últimas notícias