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Testes positivos de covid-19 superam 40% no estado do Rio de Janeiro

Capital fluminense chegou a uma taxa de positividade de 43%, contando dados acumulados das redes pública e privada nesta semana

Rovena Roza/ABR
Rovena Roza/ABR
Escassez de testes e apagão de dados fazem com situação real de casos de covid do Brasil seja desconhecida

São Paulo – Segundo dados divulgados neste domingo (9) pela secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a capital fluminense chegou a uma taxa de positividade dos testes de covid-19 de 43%, contando dados acumulados das redes pública e privada nesta semana. A secretaria estadual de Saúde aponta que a taxa de positividade no estado chegou a 41% na sexta-feira (7).

O número de testes positivos para a covid-19 na cidade do Rio sobe desde a semana anterior ao período do Natal, quando passou de 0,7% para 5,5%. Foram realizados mais de 52 mil testes na primeira semana de 2022, maior número na série histórica de semanas epidemiológicas, mais que o dobro da última semana de dezembro, quando foram realizados cerca de 20 mil testes.

A cidade vê um crescimento acelerado no número de casos devido à disseminação da ômicron, mais contagiosa que as demais variantes do coronavírus. O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz pontua que a nova cepa levou somente 17 dias para se tornar a dominante na cidade e hoje responde por mais de 98% das contaminações.

Aumento de casos de covid-19 pode levar a uma nova onda

Em entrevista ao Brasil de Fato, a biomédica, pesquisadora e divulgadora científica pela Rede Análise Covid-19 Mellanie Fontes-Dutra aponta que “se não tomarmos cuidado e nos atentarmos para os isolamentos corretamente de casos e contatos, testagem mais ampla, além do uso adequado de máscaras e medidas de enfrentamento, poderemos ver um pico significativo de casos”.

Para ela, a população tem que continuar com a adoção de medidas de prevenção e o Brasil precisa aumentar sua cobertura vacinal. “Podemos evitar um impacto grande dessa possível nova onda e tomar um caminho diferente do que vimos em outros países. Precisamos seguir ampliando o máximo que pudermos as coberturas vacinais (para 1ª, 2ª e 3ª doses), além da adesão de toda a população às medidas de enfrentamento. Combinando-as, reduzimos ainda mais os riscos”, defende.

A pesquisadora ressalta ainda a necessidade de as crianças se vacinarem. “Precisamos vacinar as crianças. Crianças podem adoecer e hospitalizar e evoluir para casos mais graves”, alerta. “Temos dados mostrando que o Brasil é o 2º país com mais óbitos de crianças por covid-19. Sabemos que as crianças recuperadas podem experienciar covid longa. O relatório da ONS do Reino Unido, em dezembro, mostra que 20 mil crianças convivem com covid longa há pelo menos um ano. As vacinas reduzem os riscos de tudo isso, principalmente da doença. Além disso, a ampliação para esse público somará numa cobertura vacinal mais alta.”

Com informações de Agência Brasil e Brasil de Fato

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