Em dois meses

São Paulo: internações de crianças e adolescentes com covid crescem 61%

Capital paulista também definiu novo protocolo do Carnaval, incluindo obrigatoriedade do uso de máscaras nos desfiles

Alex Brito/PMJ
Alex Brito/PMJ
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos com deficiência permanente – física, sensorial ou intelectual – e indígenas aldeadas começou na última segunda-feira (17), no município de São Paulo

São Paulo – O número de crianças e adolescentes internadas com covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), em São Paulo, cresceu 61% nos últimos dois meses. De acordo com o governo paulista, no início de novembro 109 crianças estavam hospitalizadas, enquanto neste mês esse número chegou a 171 jovens de até 17 anos.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostra que os hospitais públicos e privados de São Paulo registraram aumento de diagnósticos e atendimento de crianças com covid-19, além da tendência de alta nas hospitalizações. A matéria diz que o apagão de dados do Ministério da Saúde e a subnotificação nos estados e municípios não permite saber o número nacional de crianças com a doença, mas a alta foi percebida em clínicas e hospitais.​

A vacinação de crianças de 5 a 11 anos com deficiência permanente – física, sensorial ou intelectual – e indígenas aldeadas começou na última segunda-feira (17), no município de São Paulo. Aquelas que possuem qualquer tipo de comorbidade podem receber o imunizante desde ontem.

Novas regras do carnaval

Em razão da pandemia, a prefeitura de São Paulo definiu na manhã desta quarta (19) novos protocolos para realização dos desfiles das escolas de samba no carnaval deste ano na capital paulista. As novas determinações obrigam todas as pessoas no Sambódromo do Anhembi a usarem máscaras de proteção, tanto nas arquibancadas como na passarela, entre os participantes dos desfiles.

Também será obrigatória a apresentação de passaporte de vacina contra a covid-19 com, no mínimo, duas doses. A exigência será igualmente para público e integrantes das escolas, que serão obrigados a preencher um pré-cadastro. Além disso, o protocolo também prevê a redução no número de componentes das escolas. Uma agremiação do grupo Especial, que desfilava com 2.000 componentes até 2020, passará a desfilar com 1.500 em 2022. Já as escolas do grupo de Acesso 1 passam de 1.000 para 800 componentes e as do Acesso 2, de 800 para 500 integrantes.

“Já existe uma determinação da Liga-SP para que os desfilantes usem máscara durante todo o desfile, e não apenas na concentração e dispersão. Para isso, será excluído do julgamento do Carnaval 2022 o quesito Harmonia, que avalia como os componentes cantam o samba enredo. Desta forma, o uso da máscara não atrapalhará a competição”, diz o documento da prefeitura, que alerta para a perda de pontos caso a máscara não seja incluída na fantasia.