'BOA NOTÍCIA'

Estudo da OMS aponta que ômicron afeta trato respiratório superior

Epidemiologista afirma que variante será dominante nas próximas semanas, mas vacinas seguem protegendo

Andréa Rêgo Barros/PCR
Andréa Rêgo Barros/PCR
Na última segunda-feira (3), o mundo registrou recorde de 2,4 milhões de casos de covid-19 nas últimas 24 horas

São Paulo – A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, nesta terça-feira (4), que vários estudos apontam que a variante ômicron da covid-19 afeta mais o trato respiratório superior, não atingindo os pulmões da mesma forma que as cepas anteriores, causando sintomas mais leves do que as demais cepas.

“Estamos vendo mais e mais estudos apontando que a ômicron infecta a parte superior do corpo. Diferente das outras, que podem causar pneumonia grave“, disse o epidemiologista da agência da ONU, Abdi Mahamud. Entretanto, ele acrescentou que a alta transmissibilidade significa que a variante se tornará dominante dentro de algumas semanas em muitos lugares, representando uma ameaça a países onde grande parte da população permanece não vacinada.

O epidemiologista da OMS acrescentou também que mais análises científicas são necessárias para entender como a ômicron atua no organismo. Porém, ele garante que evidências de pesquisas realizadas na África do Sul, onde a variante foi descoberta, apontam que as vacinas existentes continuam protegendo contra a doença, diminuindo especialmente os riscos de hospitalização ou de sintomas severos da covid-19.

“Nossa previsão é que a proteção contra casos severos, hospitalizações e mortes pela ômicron seja mantida,” afirmou ele, declarando que isto também se aplica às vacinas desenvolvidas pela Sinopharm e pela Sinovac, usadas na China, onde os casos da ômicron permanecem em patamares baixos.

Aumento do número de casos

Na última segunda-feira (3), o mundo registrou recorde de 2,4 milhões de casos de covid-19 no período de 24 horas. Os Estados Unidos lideram a nova onda, com mais de 1 milhão em apenas um dia, também recorde desde o início da pandemia.

De acordo com o levantamento da Universidade de Oxford, apesar dos recordes dos novos casos de covid-19 – sobretudo devido à variante ômicron –, o número de mortes segue em queda. Com isso, os cientistas celebram o avanço da vacinação. Graças à imunização, a média de mortes nos últimos sete dias caiu abaixo de 6 mil pela primeira vez em 15 meses.

Com informações da ONU News


Leia também


Últimas notícias