Vacinas no Brasil: entenda a importância desse recurso da ciência no país

Existem diversas vacinas no Brasil que são fundamentais para proteger a saúde dos cidadãos e evitar mortes.

vacinas no brasil
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Cientistas realizaram o levantamento durante um surto relevante do vírus na cidade de Barreiras (BA). Participaram 286 voluntários

Existem diversas vacinas no Brasil que são fundamentais para proteger a saúde  dos cidadãos e evitar mortes. Na fase inicial da vida, as crianças podem ter acesso a 18 vacinas diferentes, sendo elas cada uma indicada de acordo com os meses ou idade. Na fase juvenil e adulta, com necessidade menor de vacinação, também há imunizações indicadas pelo programa do governo federal.

Os tipos de vacinas no Brasil:

A maioria das vacinas no Brasil constam no plano vacinal do Ministério da Saúde do Governo Federal, que é o PNI (Programa Nacional de Imunização), sendo este referência mundial. O país é um dos poucos que oferece de forma abrangente um extenso rol de imunobiológico. 

Vacinas no Brasil contra o novo coronavírus

A questão das vacinas no Brasil é importante e essa clareza se tem diante da pandemia do novo coronavírus. Hoje, contra a COVID19, o Brasil dispões das seguintes vacinas registradas definitivamente: 

Astrazeneca/Oxford (que possui tecnologia de vetor viral) e a Pfizer BioNTech (que possui tecnologia RNA). 

Vacina para uso emergencial

Já as vacinas no Brasil abaixo que estão liberadas para uso emergencial são: 

Janssen (utilização da tecnologia com vetores de adenovírus)  e CoronaVac (tecnologia do vírus inativado) 

Já a Sputnik V (vetor viral) e a Covaxin (vírus instigado) estão autorizadas para importação excepcional. De acordo com o Ministério da Saúde, somente 928 mil doses da Sputnik V e 4 milhões de doses da Covaxin serão distribuídas entre os estados.

Lembrando que essas informações podem ser atualizadas já que novas regulamentações ainda estão em trânsito na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Campanhas importantes de Vacinas no Brasil

Além da campanha de vacinação contra a COVID19, o que tem sido o foco de um modo geral ao falarmos de vacinas no Brasil, existem outras campanhas importantes de conscientização do uso desse recurso para combater doenças importantes.

A campanha de vacinação contra a gripe, por exemplo, tem sido nos últimos anos extremamente importante, principalmente em casos de pessoas com comorbidade e também idosos, as principais vítimas de gripes. 

Vacinas no Brasil: calendário vacinal ao longo da vida:

Existe um calendário de vacinas no Brasil que  se deve cumprir para não colocar em risco a saúde de crianças e também adultos. De acordo com o calendário divulgado no site do Ministério da Saúde, essas são as vacinas indicadas de acordo com idade e tempo de vida.

Ao nascer

– BCG (dose única)

– Hepatite B

2 meses

– Pentavalente 1ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2ª dose)

– Poliomielite 1ª dose (VIP)

– Pneumocócica conjugada 1ª dose

– Rotavírus 1ª dose

3 meses

– Meningocócica C conjugada** 1ª dose

4 meses

– Pentavalente 2ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2ª dose)

– Poliomielite 2ª dose (VIP)

– Pneumocócica conjugada 2ª dose

– Rotavírus 2ª dose

5 meses

– Meningocócica C conjugada 2ª dose

6 meses

– Pentavalente 3ª dose (Tetravalente + Hepatite B 3ª dose)

– Poliomielite 3ª dose (VIP)

– Influenza (1 ou 2 doses anuais; de 6 meses a menores de 6 anos)

9 meses

– Febre Amarela – 1ª dose

12 meses

– Pneumocócica conjugada reforço

– Meningocócica C conjugada reforço

– Tríplice Viral 1ª dose

15 meses

– DTP 1º reforço (incluída na pentavalente)

– Poliomielite 1º reforço (VOP)

– Hepatite A (1 dose de 15 meses até 5 anos)

– Tetra viral (Tríplice Viral 2ª dose + Varicela)

– Influenza (1 ou 2 doses anuais; de 6 meses a menores de 6 anos)

4 anos

– DTP 2º reforço (incluída na pentavalente)

– Poliomielite 2º reforço (VOP)

– Varicela atenuada (1 dose)

– Febre amarela reforço

5 anos

– Pneumocócica 23: 1 dose para população indígena

9-14 anos

– HPV 2 doses*

– Meningocócica C (reforço ou dose única)**

Adolescentes, Adultos e Idosos

– Hepatite B (3 doses a depender da situação vacinal)

– Febre Amarela (1 dose a depender da situação vacinal)

– Tríplice Viral (2 doses até os 29 anos ou 1 dose em > 30 anos. Idade máxima: 49 anos)

– DT (Reforço a cada 10 anos)

– dTpa (para gestantes a partir da 20ª semana, que perderam a oportunidade de serem vacinadas)

– Pneumocócica 23: 1 dose a depender da situação vacinal anterior (indicada para população indígena e grupos-alvo específicos)

Lembrando que o calendário vacinal deve mudar nos próximos meses ou anos com a inserção da campanha de vacina contra a COVID19.

Conecte SUS: aplicativo orienta na programação de vacinas no Brasil

Para consultar as vacinas no Brasil, o cidadão pode utilizar a tecnologia a seu favor. Antigamente, o governo disponibilizava um cartão de vacinação. Nele, constava um calendário considerando a idade e indicava também qual a vacina era preciso tomar. Com o advento da internet, o uso do smartphone e a criação de aplicativos, o governo investiu no Conecte SUS, app voltado justamente para unificação de informações de pacientes e também a disponibilização desse calendário vacinal em formato digital.

Baixando o Conecte SUS para consultar vacinas no Brasil

O aplicativo Conecte SUS está disponível para smartphones com Android ou IOS. Para baixar é preciso fazer uma pesquisa na loja virtual do sistema operacional no Google Play ou Apple Store. Ao baixar, o usuário precisará fazer um cadastro ou utilizar as informações pessoais disponíveis em sites como o do governo federal. Será preciso inserir dados básicos como nome completo, contato como telefone e e-mail, além de RG e até o número de cadastro do cartão do SUS. 

Com o cadastro efetuado, o cidadão consegue acessar informações diferenciadas com base nos dados pessoais. Além de consultar informações sobre as vacinas no Brasil, é possível ainda ter conhecimento sobre eventuais exames em andamento, atendimentos e até medicamentos que constem no receituário da pessoa. No app também se tem informações como as unidades de atendimento de saúde mais perto de acordo com a necessidade da pessoa, como serviço de emergência, saúde bucal, maternidade e até mesmo sobre onde encontrar a unidade mais próxima do programa Farmácia Popular.

No Conecte SUS fica também disponível informações como internação e atendimentos, inclusive até mesmo como fazer doação de sangue e quais os requisitos para esse fim.

Comprovação da vacinação contra COVID19

O Conecte SUS ficou mais conhecido a partir da emissão do certificado de vacinação contra a COVID19. O usuário consegue acessar o aplicativo e por lá gerar o chamado QR CODE, código usado para leitura do comprovante digital. O comprovante hoje é exigido para entrada em diversos ambientes, inclusive particulares, e com mais de 500 pessoas.

A eficácia das vacinas no Brasil

A ciência já comprovou a eficácia das vacinas. O avanço dos últimos é tão importante que vai além do imunizante. Hoje, o ser humano tem uma vida mais prolongada, podendo chegar aos 80 ou 90 anos sem grandes dificuldades. A vacina faz parte desse importante processo. No Brasil, a vacinação conseguiu erradicar doenças como varíola e poliomielite. Além disso, doenças transmissíveis como sarampo, rubéola e rubéola congênita também entram nessa lista em que o imunizante é importante.

O Programa Nacional de Imunizações do Brasil tem como objetivo prevenir doenças e promover a saúde e o bem-estar e, por isso, atua de forma tão abrangente no território brasileiro.

A história das vacinas no Brasil

A primeira campanha de vacinação no Brasil aconteceu na década de 60 no combate à varíola. Devido ao sucesso do imunizante na resposta ao combate da doença, o país iniciou uma discussão para criar um programa específico de vacinação para todo o país. O último caso da varíola registrado no Brasil foi em 1971. No mundo, também com a vacinação em massa, o último foi em 1977 na Somália.

Em 1973 o governo da época formulou o PNI (Programa Nacional de Imunizantes) para coordenar toda a iniciativa que envolvia a distribuição e aplicação da vacina. O programa foi elaborado durante dois anos e só a partir de 1975 é que foi institucionalizado o PNI.

A legislação específica que trata sobre imunizações e também da vigilância epidemiológica (Lei 6.259 de 30-10-1975 e Decreto 78.231 de 30-12-76) foram  indispensáveis para que as atividades permanentes de vacinação fossem implantadas definitivamente  e contribuíram para fortalecer institucionalmente o Programa.

5 doenças que são evitadas com vacinas no Brasil

As vacinas no Brasil quando aplicadas salvam vidas de inúmeras doenças. Pelo menos 5 enfermidades são as mais comuns quando não se tem vacinação e estrutura para aplicação do imunizante no país.

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença não erradicada que causa hemorragia viral aguda. O vírus é transmitido por um mosquito da família do Aedes. Com a vacinação, a imunidade da pessoa tem eficácia comprovada de 99%. Além disso, segundo as diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde), uma única dose da vacina já é suficiente para a imunidade ao longo da vida da pessoa.

Sarampo

Outra doença viral contagiosa é o sarampo. Aliás, essa enfermidade é uma das maiores causas de mortes entre bebês e crianças que não recebem a vacinação. O imunizante é a melhor forma de tornar o corpo preparado, inclusive mesmo depois do sarampo já ter se manifestado no corpo da pessoa.

Pneumonia

Sim, a pneumonia mata e é a principal causa de morte entre crianças menores de 5 anos. O imunizante nos primeiros anos tem o papel de informar o sistema imunológico ainda em formação para já conhecer a doença. Em casos em que não há vacinação, o risco de morte é alto.

Meningite

A doença realmente mata. Em 20 anos, o Brasil registrou quase 1 milhão de casos com suspeita de meningite e pelo menos 100 mil pessoas morreram por causa da doença. Na África, por exemplo, a OMS já estimou que 70% dos casos da doença poderiam ter sido evitados com a vacinação, o que não acontece por lá e em outras partes mais pobres do mundo. 

HPV

A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) pode evitar o câncer de colo de útero. Inúmeros são os casos, inclusive de mortes, em países que têm baixa renda. A vacina normalmente é aplicada ainda na juventude.

Mitos e verdades sobre vacinas no Brasil

Apesar das constatações da ciência em relação a eficácia das vacinas no Brasil, ainda existe muita desinformação e mitos em torno dos imunizantes. Os mitos mais comuns e as verdades importantes sobre o assunto foram listadas.

Vacinas não causam autismo. Não há sequer provas neste sentido e sequer estudos que constataram essa afirmação de um médico britânico.

É mito também que doenças erradicadas em um determinado país seja porque o vírus está morto. A verdade é que o vírus continua a circular e ao não se vacinar, a pessoa corre o risco sim de desenvolver a doença.

Vacinar é o mesmo que pegar a doença é outra mentira contada. A vacinação estimula o sistema imunológico a produzir a defesa e não provoca a doença, o que pode resultar em complicações, sequelas e até levar à morte. Aqui então se entende a diferença entre a doença e a vacina.

Algumas verdades sobre as vacinas no Brasil e no mundo também devem ser ditas. O imunizante, seja ele qual for, pode causar efeito colateral, principalmente febre e mal-estar.

Outro ponto importante é lembrar que tomar vacina duas vezes não faz mal. Isso pode acontecer quando a pessoa não se lembra de já ter tomado ou até mesmo não sabe onde está a carteira de vacinação. Independentemente disso, quem tomou duas doses de uma mesma vacina não sofrerá nada a mais por isso. 

Vale reforçar outro ponto importante: gestantes. Elas devem seguir o calendário de vacinação e procurar os imunizantes para se proteger e também proteger o bebê durante o período gestacional. Por exemplo, a vacina da gripe pode evitar complicações sérias no período de fragilidade da mulher. Nesse grupo de alto risco também estão inclusos crianças com menos de 5 anos, idosos e pessoas com comorbidades.

As vacinas no Brasil e no mundo são indispensáveis para o controle de várias doenças. Nos últimos anos, com baixa adesão aos programas de vacinação nacional, cientistas do mundo todo têm avaliado o alto risco que a humanidade corre com a ausência de pessoas devidamente imunizadas.

Entendendo como são produzidas as vacinas no Brasil e no mundo

A produção de vacinas no Brasil e no mundo funciona a partir de cinco tecnologias. Entender cada uma delas é importante, afinal são as vacinas que nos possibilitam combater inúmeras doenças e evitar mortes.

1 – Vacina com vírus inativo

Neste tipo de tecnologia utiliza-se o chamado vírus morto ou atenuado, que pode ser traduzido como vírus enfraquecido. Esse é o método tradicional que se utiliza a presença do vírus para estimular o corpo a produzir uma resposta imunológica ao vírus. 

2 – Vacina de vetor viral

Neste tipo de tecnologia utiliza-se um vírus geneticamente modificado para a produção de proteínas virais e, por consequência, promove uma resposta do sistema imunológico sem causar qualquer doença.

3 – Vacinas a partir de proteínas

Neste tipo de tecnologia é usado a chamada proteína do vírus, ou só uma parte dela, para provocar no organismo uma resposta imunológica no corpo que recebeu a vacina. 

4 – Vacinas de RNA e DNA

Neste tipo de vacina temos uma RNA ou DNA que é geneticamente modificado para gerar a chamada proteína. Ao entrar em contato com o organismo da pessoa, o corpo acaba por produzir uma resposta imunológica, visto que é daí que o corpo começa a receber informações do suposto vírus. 

5 – Vacinas de vetores de adenovírus

A tecnologia aqui acontece através da utilização do vírus comum da gripe para que carregue uma proteína do Sars-CoV-2, que foi encontrado no código genético e é inserido dentro do adenovírus. Com isso, o corpo recebe também a informação do vírus e o sistema imunológico começa a responder.

Todas as tecnologias utilizadas para a produção de imunizantes são validadas cientificamente e tem sua eficácia comprovada através de diversos estudos realizados em diferentes universidades em diversas partes do mundo. Inclusive, na luta contra o coronavírus, cientistas do mundo inteiro buscavam e buscam encontrar não só vacinas, mas também remédios que possam auxiliar pacientes infectados. E mesmo com variante, o trabalho mais desafiador foi feito no sentido de criação da vacina. 

De um modo geral, a ciência e a medicina têm avançado profundamente nos últimos anos e inúmeras doenças têm sido evitadas justamente pela produção e aplicação das vacinas. Apesar de sua eficiência comprovada ao longo de décadas, diversos grupos específicos ainda têm tentado questionar a importância das vacinas no Brasil e no mundo.


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