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Brasil piora nos indicadores da covid-19 e chega perto de 591 mil mortos

Brasil chega ao número oficial de 590.955 vítimas da covid-19.O último período de sete dias foi marcado por uma interrupçao na melhora dos indicadores

ONG Rio de Paz
ONG Rio de Paz
Na última semana foram registradas 3.950 mortes, maior em duas semanas. Já em relação aos casos, a piora foi mais grave; com 241.161 casos, foi o pior resultado desde a semana entre os dias 15 e 31 de julho

São Paulo – O Brasil registrou hoje (20) 203 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Com o acréscimo o país chega ao número oficial de 590.955 vítimas da doença. Também foram registradas no período 7.884 novas infecções, totalizando 21.247.667 desde o início da pandemia, em março de 2020. Os números às segundas-feiras e aos domingos são subnotificados, em especial em razão ao atraso no registro dos dados provocado pelo menor número de profissionais da medicina diagnóstica ativos nos fins de semana. Já ous números consolidados da última semana revelam uma piora dos índices.

O último período de sete dias foi marcado por uma interrupção na melhora dos indicadores da covid-19 no Brasil, que durava desde a primeira quinzena de junho. Na última semana foram registradas 3.950 mortes, maior em duas semanas. Já em relação aos casos, a piora foi mais grave; com 241.161 casos, foi o pior resultado desde a semana entre os dias 15 e 31 de julho. Pesam sobre esse cenário o abandono quase total das medidas de distanciamento social nos estados e a prevalência da variante delta, que já é dominante em pelo menos dois estados brasileiros, Rio de Janeiro e São Paulo.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass)

Vacinação

Em outros países do mundo, o domínio da variante delta provocou novas ondas de contágio e mortes. Especialmente entre não vacinados. A mutação, identificada pela primeira vez na Índia, é até 70% mais contagiosa do que a original chinesa, possui maior poder para circular entre vacinados e também derruba as eficácias das primeiras doses das vacinas. Sobre este último ponto, o Brasil carrega fragilidades. Como a vacinação começou atrasada no país, a porcentagem de pessoas totalmente imunizadas é pequena. Apenas 40,03% dos brasileiros estão imunizadas, e 72,78% tomara a primeira dose. A OMS indica mais de 80% de vacinados para controlar o surto, a Fiocruz fala em taxa acima de 70%.

Maior risco

Um estudo publicado hoje na Biomedicine & Pharmacotherapy identificou grupos mais sucetíveis à complicações da covid-19. São biomarcadores importantes para que, uma vez diagnosticada a doença, será possível intensificar o tratamento, com protocolos mais apurados. Entre o grupo de risco mais severo estão pacientes que já sofreram no passado de infarto do miocárdio, inflamação pulmonar e aneurisma da aorta abdominal. ” Nosso estudo é o primeiro a demonstrar o papel da MMP-2 (um tipo de enzima) na covid-19 e pode contribuir para o entendimento da fisiopatologia da doença, ou seja, entender os mecanismos de atuação do coronavírus no organismo”, afirma o material.

Viagens

Depois de Alemanha, Portugal e Espanha anunciarem a liberação de viajantes do Brasil vacinados, hoje foi a vez dos Estados Unidos oficializarem. “Cidadãos estrangeiros vindo aos Estados Unidos deverão estar totalmente vacinados e apresentar prova disso antes de embarcar em um avião com destino aos EUA. As vacinas são a melhor linha de defesa, a melhor ferramenta que temos em nosso arsenal para manter as pessoas seguras”, disse o coordenador de resposta ao coronavírus da Casa Branca, Jeff Zients. Não foram especificadas as vacinas autorizadas. O entendimento, então, é de que os imunizantes aprovados pela OMS devem contar. Todos os imunizantes em circulação no Brasil são aprovados pelo órgão internacional.


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