IMUNIZAÇÃO

Ministério da Saúde: terceira dose para idosos deve começar em 15 de setembro

Reforço será aplicado em pessoas que tomaram a segunda dose há seis meses ou mais

Jefferson Peixoto/Secom
Jefferson Peixoto/Secom
Queiroga também afirmou que o intervalo entre as doses dos imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca deverão diminuir de 12 para 8 semanas

São Paulo – A terceira dose da vacina contra covid-19 deverá ser aplicada em idosos com mais de 80 anos e pessoas imunossuprimidas a partir de 15 de setembro. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista à CNN, o reforço será aplicado em pessoas que tomaram a segunda dose há seis meses ou mais.

Pelos cálculos do Ministério da Saúde, até metade de setembro a população com mais de 18 anos terá se vacinado com pelo menos uma dose da vacina. A decisão da pasta foi feita na noite da última terça-feira (24), após reunião de técnicos do Ministério da Saúde e representantes da Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

O imunizante para dose de reforço será da Pfizer. Segundo Queiroga, a decisão levou em conta o andamento da aplicação da segunda dose na população em geral. “Não tinha sentido eu avançar no reforço, se não tivesse a segunda dose assegurada. Então, a segunda dose seguirá”, disse ele.

O ministro também afirmou que o intervalo entre as doses dos imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca deverão diminuir de 12 para 8 semanas, como acontece no Reino Unido. “Temos uma quantidade boa de doses da Pfizer, da Astrezeneca também temos doses suficientes”, acrescentou.

Estudos sobre terceira dose

Pesquisadores apontam para a necessidade de reforçar a imunização com uma terceira aplicação da vacinas. Em especial, para grupos vulneráveis, como idosos e imunossuprimidos. Muitos países com a vacinação mais avançada já iniciaram o processo, entre eles, Israel e Estados Unidos. Ambos enfrentam uma nova onda de contágios e mortes.

Israel e Estados Unidos utilizaram vacinas da Moderna, Pfizer e Janssen. A aplicação de uma terceira dose destes fármacos já foram comprovadas como eficientes para ampliar a proteção. Um estudo prévio divulgado ontem, ainda sem revisão, aponta para a necessidade da terceira aplicação para a CoronaVac. O pré-print foi desenvolvido pelo Instituto do Coração (InCor) e pela Faculdade de Medicina da USP. O reforço foi indicado para pessoas acima de 55 anos, além de imunossuprimidos.