Longa pane

Plataforma Lattes, de currículos de pesquisadores, é restabelecida

Sistema caiu no dia 23 de julho. Na sexta-feira (6), órgão já havia informado que as informações foram todas preservadas

Herivelto Batista / ASCOM-MCTIC
Herivelto Batista / ASCOM-MCTIC
Sistema mantido pela agência de fomento à pesquisa científica vive sob constantes ataques

São Paulo – Após duas semanas fora do ar, a Plataforma Lattes, que reúne currículos e informações de grupos de pesquisas de pesquisadores e professores, mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), voltou ao ar neste sábado (7). No dia 23 de julho, após uma pane, o sistema caiu. A falta de esclarecimentos por parte do Conselho provocou apreensão na comunidade acadêmica.

A Plataforma Lattes é utilizada em diversos processos acadêmicos como identificador e comprovador dos currículos e qualificações de pesquisadores e professores.

Segundo comunicado do CNPq divulgado hoje (8), a plataforma restabelecida permite que as pessoas atualizem e baixem os currículos. O informe, contudo, não traz informação sobre as causas que levaram ao problema no sistema e se houve alguma perda de dados. “Esse restabelecimento inclui a possibilidade de atualização dos currículos e de cadastro de novos usuários”, informou o comunicado.

O Conselho não informou a situação da plataforma Carlos Chagas. Ela também saiu do ar após a pane no sistema do CNPq. A plataforma reúne informações sobre bolsas e auxílios, incluindo todos os procedimentos para a solicitação e concessão desses, como pareceres e prestação de contas.

Cautela e nuvem

Na sexta-feira (6) o presidente do órgão, Evaldo Vilela, publicou nas redes sociais do CNPq uma declaração sobre o processo de tentativa de recuperação dos dados. Ele afirmou que há uma migração de equipamentos antigos para novos. “Compramos no fim do ano passado dois equipamentos novos de armazenamento. Começamos a migrar. Agora estamos continuando. O armazenamento antigo apagou de uma certa maneira, ele foi recuperado, mas está lento. Preservamos os dados mas temos que tratá-los com certa cautela”, disse.

Vilela garantiu ainda que estão sendo tomadas providências para que evitar problemas futuros. “Já reservamos recursos e algumas universidades estão se preparando para nos ajudar com seus departamentos de TI para que tudo seja reformado, atualizado. Vamos colocar muito mais coisas nas nuvens também”, adiantou.

Reações

O problema provocou reações de entidades da comunidade acadêmica. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou nota dias atrás na qual requerem que o governo federal recupere o orçamento do órgão e condições para que haja manutenção periódica dos sistemas computacionais.

“Diante desses eventos sem precedentes, a SBPC vem manifestar sua consternação e preocupação com a evidente fragilidade da infraestrutura do CNPq. Recursos financeiros para a correta manutenção da infraestrutura e sistemas computacionais importantes para a ciência no país são cruciais para o sistema de C&T nacional”, diz a carta.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações não se manifestou.

Com Agência Brasil e G1


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