#19J

Quinhentos mil mortos por covid-19. ‘Isso tem nome. É genocídio’, afirma Lula

“500 mil mortos por uma doença que já tem vacina, em um país que já foi referência mundial em vacinação. Isso tem nome e é genocídio”, afirma o ex-presidente

@fotografia.75
@fotografia.75
Jair Bolsonaro negligenciou o tratamento da covid-19, insistiu em deixar a população se contaminar, ignorou vacinas, disseminou mentiras sobre o uso de máscaras, promoveu e incentivou aglomerações

São Paulo – Este sábado (19) será lembrado pela marca de 500 mil mortes pela covid-19 ultrapassada no Brasil. Esses números poderiam ser menores, vidas seriam poupadas, caso o país não fosse comandado por um presidente negacionista. Jair Bolsonaro negligenciou o tratamento da covid-19, insistiu em deixar a população se contaminar, ignorou vacinas, disseminou mentiras sobre o uso de máscaras, promoveu e incentivou aglomerações.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz o contraponto ao posicionamento bolsonarista. O petista prestou solidariedade às famílias e denunciou genocídio do governo Bolsonaro. “Quinhentos mil mortos por uma doença que já tem vacina, em um país que já foi referência mundial em vacinação. Isso tem nome e é genocídio. Minha solidariedade ao povo brasileiro.”

Em ato na avenida Paulista, em São Paulo, o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, ex-candidato à prefeitura paulistana, se manifestou em confluência com Lula. Boulos, assim como Chico Buarque, fez aniversário no dia. “Em contraponto ao clima de pesar e indignação, o único momento de alegria foi quando os manifestantes cantaram parabéns para Boulos (Psol-SP). A celebração dos seus 39 anos ocorreu em clima de manifestação.

Nas ruas

Boulos disse que não vai desistir de lutar por um Brasil justo, livre do racismo e do machismo. “Não vamos desistir do sonho de um Brasil onde todas as formas de amor sejam respeitadas. Um Brasil sem intolerância. Com menos armas, e mais livros. Um Brasil com a cara da maioria do nosso povo. Estamos aqui hoje para dizer que basta! Mas também, seguindo os caminhos do mestre Paulo Freire, para esperançar por um outro futuro. Um futuro popular e com democracia. Isso se ganha nas ruas, como estamos fazendo aqui.”