clandestinas e imorais

Turismo da vacina: opção para quem pode viajar ao exterior e se imunizar

Surgem empresas especializadas em pacotes de turismo para países que vacinam sem burocracia. Quem pode pagar não espera para ser imunizado

Reprodução/Youtube
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"Há indícios de que os indivíduos totalmente vacinados contra o coronavírus, em seis meses ou com reforço, também estejam protegidos contra a variante ômicron" diz ministro da Saúde de Israel

São Paulo – A falta de vacina e insumos e o atraso da vacinação no Brasil não são problemas para quem pode pagar uma viagem ao exterior, onde seja possível se vacinar sem burocracia. É o caso dos Estados Unidos. Embora a entrada dos brasileiros tenha sido dificultada desde maio do ano passado, aqueles que têm residência, cidadania ou familiares morando no país têm mais facilidade para entrar.

Na Flórida, cerca de 52 mil pessoas de fora do estado foram vacinadas até o final de abril. Em Nova York, as autoridades locais estimam que 25% das vacinas foram aplicadas em pessoas que residem em outros estados. É por isso que o Texas e a Califórnia passaram a exigir comprovantes de residência para a aplicação da vacina.

Os brasileiros, porém, não são os únicos que estão viajando para tomar vacina no exterior contra a covid-19. Como na Alemanha a imunização tem avançado lentamente em comparação com outros países europeus, já há alemães comprando e vendendo esse tipo de pacote. Muitos negócios nesse setor começam a surgir em vários países, unindo turismo propriamente dito com a possibilidade de tomar a vacina em Israel, Sérvia, Rússia e até Emirados Árabes.

Pacotes para vacinação

Para empresários desse ramo desregulado que começa a se consolidar, o negócio apenas preenche um vácuo criado por governos incapazes de garantir a imunização. Há estimativas de que até agora mais de 20 mil pessoas já fizeram reserva desses pacotes.

Tema no mínimo polêmico, traz ainda o componente da imoralidade. Não há vacinas para todos. E como os países ricos compram muito mais doses, os países pobres não conseguem comprar. A questão é tratada na revista digital O Planeta Azul.

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