Estado de São Paulo ultrapassa 100 mil mortos pela covid-19

Se o estado fosse um país, estaria em 9º lugar no mundo em número de mortes decorrentes da covid-19

Marcello Casal Jr / ABr
Marcello Casal Jr / ABr
Hoje, a média de novos casos diários está em 74.490, patamar só superado pela última semana de março, pior momento do surto no país até então

São Paulo – Atualização feita na tarde deste sábado (8) pelo governo paulista mostra que o estado ultrapassou a marca de 100 mil mortes pela covid-19. De acordo com os dados organizados pela Fundação Seade, já são 100.649 mortos em decorrência da infecção pelo novo coronavírus, com 2.997.282 casos.

O grau de letalidade da doença em São Paulo é de 3,4%, acima da média nacional (2,8%) e da mundial (2,1%). A capital paulista é o município que tem o maior número de óbitos, 28.309, seguida por Guarulhos, com 3.652, e Campinas, com 3.129. Segundo dados do IBGE, o estado de São Paulo tem 21,85% da população brasileira e, segundo números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), responde por 23,85% das mortes pela covid-19 no Brasil.

Se São Paulo fosse um país, estaria em 9º lugar no mundo em número de mortes decorrentes da covid-19. No Brasil, o estado lidera o ranking de óbitos, seguido de Minas Gerais, com 35.424 mortes, e Rio Grande do Sul, com 25.807. Os dados destes dois estados ainda não foram atualizados hoje.

Flexibilização arriscada

Ontem, o governador paulista João Doria (PSDB) anunciou uma nova flexibilização e a prorrogação da fase de transição da quarentena até 23 de maio. O comércio e os serviços já podem funcionar das 6h até as 21h, com recomendação de que a lotação dos espaços seja limitada a 30%. A nova flexibilização também aumenta em uma hora o funcionamento de todos os estabelecimentos, inclusive restaurantes, academias, teatros e cinemas, considerados locais de alto risco de contaminação pela covid-19. 

Ainda que tenha havido alguma redução nos índices de novos casos, internações e mortes, para justificar a flexibilização o governo paulista ignora que os números seguem elevados, em valores compatíveis com a fase vermelha em 15 das 17 regiões do estado, como mostra reportagem da RBA.


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