alarmante

Brasil supera 15 milhões de casos e tem mais 2.550 vítimas da covid em 24 horas

Números reais da mortalidade da covid no Brasil são maiores, alerta Fiocruz, que aponta grande incidência de óbitos por síndromes respiratórias não testados

Marcello Casal Jr. / ABr
Marcello Casal Jr. / ABr
o Brasil é um país que testa pouco para a doença. Além disso, a falta de coordenação nacional da pandemia e a ausência de vigilância epidemiológica implicam nesse cenário incerto

São Paulo – O Brasil registrou hoje (6) mais 2.550 mortes por covid-19 em um período de 24 horas. Com o acréscimo, sobe para 416.949 o total oficial de vítimas da doença no país desde o início do surto, em março de 2020. Em relação ao número de novos casos no período, foram notificados mais 73.380 ocorrências. Com isso, o país supera a marca de 15 milhões de infectados, com 15.003.563 pessoas contaminadas, também desde março do ano passado. Os dados não refletem a realidade, já que especialistas e até autoridades sanitárias do governo admitem a ampla subnotificação de casos e óbitos.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

As estimativas de subnotificação feitas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dão conta de mais de meio milhão de mortes por covid já ocorridas no Brasil. Isso, porque o país testa muito pouco para a doença. Além disso, a falta de coordenação nacional no combate à pandemia e a escassez quase completa de vigilância epidemiológica implicam num cenário de incertezas sobre os números da pandemia.

De março de 2020 até o fim de abril de 2021, os óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), mal que afeta também os doentes mais graves de covid-19, estão em 530.214, de acordo com a Fiocruz. Estima-se que cerca de 97% desses casos correspondem a casos do novo coronavírus, já que nem todos foram confirmados por testes.

RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.


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