CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO

Profissionais de segurança pública começam a ser vacinados nesta segunda

Entre os profissionais de segurança que serão vacinados estão policiais federais que atuam em São Paulo, policiais militares, civis, bombeiros, da Polícia Científica, agentes de segurança e de escolta penitenciária, e guardas civis

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A expectativa do governo estadual é a de vacinar 180 mil profissionais do setor de segurança pública

São Paulo – Os profissionais de segurança pública e administração penitenciária começam a ser vacinados contra a covid-19 nesta segunda-feira (5), em São Paulo. A expectativa do governo estadual é a de vacinar 180 mil profissionais do setor.

Entre os profissionais de segurança que serão vacinados estão policiais federais que atuam em São Paulo, policiais militares, civis, bombeiros, da Polícia Científica, agentes de segurança e de escolta penitenciária, e guardas civis metropolitanos municipais.

Na última sexta-feira (2), a campanha de imunização contra o coronavírus chegou aos idosos de 68 anos e trabalhadores do serviço funerário no estado de São Paulo. Na próxima segunda-feira (12), a expectativa é iniciar a imunização de 350 mil profissionais da educação com 47 anos ou mais que atuam nas redes municipal, estadual e privada, com prioridade para os profissionais do ensino básico.

Poucas doses no Brasil

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo aponta que os grupos prioritários não serão vacinados antes de setembro deste ano por conta do ritmo lento da campanha nacional, resultado da falta de articulação do governo Bolsonaro.

Na última sexta-feira, apenas 300 mil pessoas foram imunizadas, enquanto o Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem capacidade para vacinar pelo menos dois milhões de pessoas ao dia. No dia 31, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga baixou novamente a previsão de entrega de vacinas em abril de cerca de 40 milhões para 25 milhões de doses.

Segundo o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, se o Brasil conseguisse chegar a 1,5 milhão de vacinados por dia, em abril teria concluído a vacinação do primeiro grupo prioritário. “Aí daria para concluir todas as prioridades até agosto, setembro, e o restante da população, até o fim do ano. Mas acho pouco provável que isso aconteça porque toda vez que o Ministério da Saúde anuncia uma meta, ele a corrige logo depois”, disse ao Estadão.

Do outro lado da fronteira

Em 30 de março, o brasileiro Abdel Perez, com 18 anos recém-completados, tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19. Morador da cidade de Santana do Livramento (RS), que faz fronteira com o Uruguai, ele foi ao país vizinho só para se imunizar.

Filho de mãe uruguaia, Abdel tem dupla cidadania e pode ser imunizado contra o novo coronavírus no país vizinho, sem a necessidade de ser profissional de saúde ou fazer parte de algum outro grupo prioritário. “Não esperava ser vacinado tão rápido, porque estava aguardando no Brasil, onde demoraria muito, muito mesmo”, diz o jovem à BBC News Brasil.

Enquanto o Brasil segue com a demora na imunização contra a covid-19, o Uruguai planeja vacinar cerca de 70% de seus quase 3,5 milhões de moradores até o fim do primeiro semestre deste ano. O uruguaios foram os últimos a começarem a vacinação na América do Sul, em 1º de março, mas anunciaram que já haviam comprado imunizantes suficientes para a população local.

Atualmente, o Uruguai possui as vacinas Coronavac, da chinesa Sinovac, e Cominarty, das farmacêuticas Pfizer e BioNtech. Enquanto a primeira tem sido aplicada em grande parte da população, a segunda tem sido usada principalmente em profissionais da saúde e idosos acima de 80 anos.


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