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Coalizão pela Vida: movimento pretende cobrar ações de combate à pandemia em São Paulo

Além de propor ações efetivas. o objetivo é estabelecer um canal permanente de comunicação entre o poder público e a sociedade civil

Rovena Rosa/Agência Brasil
Rovena Rosa/Agência Brasil
Movimento endossa a proposta de um lockdown de pelo menos 30 dias para que mortes e contaminações sejam reduzidas

São Paulo – A Coalizão pela Vida, movimento que será lançado nesta quinta-feira (8), trabalhará para que as ações de prevenção sejam priorizadas no combate à pandemia de covid-19 em São Paulo. Composta por organizações sociais, representantes da sociedade civil e acadêmica, a coalizão defende o fechamento total das atividades e restrições de circulação para conter o avanço de mortes e infectados pelo coronavírus.

Além de propor ações efetivas e práticas na capital paulista, o objetivo também é estabelecer um canal permanente de comunicação com o poder público e a sociedade civil. Os idealizadores do movimento ressaltam que uma estratégia focada na prevenção será fundamental não apenas para salvar vidas, mas também para reduzir o contingente de pessoas com sequelas causadas pela covid-19.

Beto Gonçalves, do Grupo de Prevenção Integrada da Covid (GPIC), que faz parte da Coalizão, explica o que pretende e como vai atuar o movimento. “É uma iniciativa de criar uma comunidade entre grupos acadêmicos, organizações sociais e a sociedade, que estão preocupados com essa sangria, para propor ações. Vamos oferecer propostas com respaldo científico à prefeitura de São Paulo e mobilizar a sociedade para distribuir alimentos”, afirmou à Rádio Brasil Atual.

A Coalizão Negra Por Direitos, que integra o movimento Pela Vida, defende o fechamento total das atividades e a restrição de circulação de pessoas na cidade como forma de conter a pandemia. A representante da entidade Zezé Menezes lembra que o estado de São Paulo é responsável por quase um quarto das mortes no país causadas pela covid-19. Ela destaca que a vida deve estar acima dos interesses privados.

“É uma responsabilidade imensa. Nós, como cientistas e pesquisadores, temos um leque de propostas, como um imediato lockdown. A vida precisa estar acima dos interesses privados e econômicos”, defendeu.

Ainda de acordo com o GPIC, as sugestões que serão levadas à gestão Covas para conter o avanço da pandemia em São Paulo têm embasamento científico. Beto Gonçalves também endossa a proposta de um lockdown de pelo menos 30 dias para que os casos de infectados e de mortes causadas pelo coronavírus diminuam na capital.

“A primeira proposta é constituir uma mesa permanente com a prefeitura para a prestação de contas da gestão e a elaboração de propostas. A ideia é que a cidade instaure um lockdown de 30 dias para diminuir substancialmente os casos e fazer uma abertura gradual. E criar uma força tarefa de prevenção na periferia”, explicou Beto.

No lançamento da Coalizão Pela Vida, uma carta aberta será apresentada com todas as propostas do movimento e encaminhada ao prefeito Bruno Covas (PSBD).


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