REFERÊNCIA NEGATIVA

OMS aponta Brasil como atual líder de mortes pela covid-19 no mundo

País foi responsável por 21% das mortes decorrentes da covid-19 do mundo inteiro entre os dias 7 e 14 deste mês

Bruno Kelly/Amazônia Real
Bruno Kelly/Amazônia Real
Brasil aparece com o maior número de mortes na semana, com 12.335 novas vítimas, representando 5,8 novos óbitos por 100 mil habitantes

São Paulo – O Brasil foi responsável por 21% das mortes decorrentes da covid-19 do mundo inteiro entre os dias 7 e 14 deste mês, segundo balanço publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (17). O país também lidera no número de novas contaminações entre todos os países.

O balanço mostra que 58.698 pessoas morreram da doença na última semana, o que representa um declínio de 3% globalmente em relação à semana anterior. Porém, nos dados da OMS, o Brasil aparece com o maior número de mortes na semana, com 12.335 novas vítimas da covid-19, representando 5,8 novos óbitos por 100 mil habitantes.

Ontem, o Brasil quebrou novo recorde diário de mortes pela covid-19, totalizando 281.626 vítimas da doença. Segundo dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24 horas, foram 2.842 óbitos, mantendo o país em pior momento da pandemia.

Colapso da saúde

O balanço da OMS aponta que o número de novas contaminações de covid-19, no mundo inteiro, aumentou 10% em relação à semana anterior, com cerca de 3 milhões de casos. Entretanto, no Brasil, a alta é de 20%, com 494.153 infecções, sendo 232,5 novos casos por 100 mil habitantes.

Nesta terça-feira (16), a Fiocruz apresentou uma análise sobre a pandemia de covid-19 no Brasil e, na avaliação de pesquisadores da instituição, o país passa hoje por uma “situação gravíssima”, configurando o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história.

A instituição destaca que são 24 estados brasileiros e o Distrito Federal, entre as 27 unidades federativas, com taxas iguais ou superiores a 80% de ocupação de leitos de UTI, sendo 15 delas com índices iguais ou superiores a 90%.

* Com informações de Assis Moreira, no Valor Econômico


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