Pandemia

Brasil soma 9,5 milhões de casos de covid-19 e mais de 232 mil mortos. Vacina segue lenta e escassa

País registrou 23.439 casos de em um dia, e 636 mortes. Para especialista, no ritmo atual, vacinação pode demorar quatro anos

Governo de Rondônia
Governo de Rondônia
O índice de testes positivos em relação à população está em queda em todas as faixas etárias

São Paulo – O Brasil registrou 636 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. Com o avanço, 232.170 brasileiros já morreram em razão da pandemia. Os números às segundas-feiras tendem a ser menores em relação à realidade, já que existe menor corpo clínico em trabalho aos domingos. A diferença deve ser corrigida durante os próximos dias. O país chegou a 9.548.079 infectados desde o início do surto, em março. Nas últimas 24 horas, foram 23.439 novos casos, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

A conjuntura epidemiológica da covid-19 segue problemática. Na última semana, foi observado um ligeiro recuo no número de casos e mortes, entretanto, a média segue alta, comparável ao pior momento da pandemia até então, entre junho e setembro. Na última semana, foram 7.067 mortes pelo vírus, além de 320.820 novos casos. As médias epidemiológicas. Já são 20 dias com média superior às mil mortes diárias. Já a média de casos está em 45.534, recuo em relação aos 26 dias acima de 50 mil.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass
Curvas epidemiológicas trazem médias de casos de covid-1 e mortos no Brasil. Fonte: Conass

Lentidão

Em relação à vacinação, o Brasil segue em ritmo lento. Ontem, o país superou a marca dos 3,5 milhões de vacinados, com menos de 30 mil pessoas já imunizadas com a segunda dose. O número representa 1,69% da população. O país iniciou o processo de imunização com 6,8 milhões de doses dos fármacos CoronaVac, da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e com a vacina da AstraZeneca em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Agora, o país negocia outras vacinas, como a Sputnik V, da Rússia. Entretanto, lentidão logística do governo federal e a alta demanda estendem o processo. Para o microbiologista Luiz Gustavo de Almeida, nesta velocidade, o Brasil levaria mais de quatro anos para imunizar toda a população. O especialista da Universidade de São Paulo (USP) critica a escassez causada pela lentidão do governo, que iniciou o processo de vacinação após mais de 50 países. “Este ritmo é lamentável. Já em plena pandemia de covid-19, conseguimos vacinar 54 milhões de pessoas contra a gripe em cem dias, sem grandes esforços. No caso do coronavírus, deveríamos conseguir no mínimo o mesmo número; idealmente mais, se abríssemos postos de vacinação em estádios e escolas”, disse em reportagem da CNN.