tragédia humanitária

Brasil ultrapassa marca de 220 mil mortos por covid-19

Foram mais 1.283 mortes nas últimas 24 horas. Brasil é o segundo país com mais mortos por covid-19 no mundo. Número de infectados já chega à casa de 9 milhões

marco santos/fotos públicas
marco santos/fotos públicas
Inúmeras instituições nacionais e internacionais clamam por medidas que protejam as pessoas da covid-19, que mata mais de 3 mil pessoas por dia no Brasil

São Paulo – . Nas últimas 24 horas, Com mais 1.283 vítimas oficialmente registradas em um período de 24 horas, o Brasil ultrapassou hoje (27) a marca de 220 mil mortos por covid-19 – exatos 220.161 óbitos desde o início da pandemia, em março, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Em relação ao número de novos casos, foram 63.520 no último período, totalizando 8.996.876 desde o início da pandemia, em março.

A poucas horas de 9 milhões de infectados, a média móvel de novos casos por dia, calculada em sete dias, segue maior do que o pico registrado entre junho e setembro. São 51.232 novos doentes diários. Já em relação à média móvel de mortos, o país marca 1.047 óbitos por dia – um valor similar ao até então pior momento da pandemia de covid-19, entre julho e agosto.

Os números são oficiais e, portanto, não incluem a ampla subnotificação no país, que é denunciada por cientistas e reconhecida por autoridades. A partir do cruzamento de dados do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número real de mortos por covid-19 é algo próximo a 300 mil, segundo estimativas conservadoras. O Brasil é o segundo país mais afetado pela pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos.

Impacto

São Paulo segue como o estado mais afetado do país com 1.731.294 infectados e 52.170 mortos, seguido do Rio de Janeiro, com 29.230 mortos e 509.113 casos. Na sequência vêm Minas Gerais, 14.544 mortos e 707.649 casos; Ceará, com 10.402 mortos e 367.265 infectados; e Bahia, com 9.952 mortos e 574.062 casos. O Rio de Janeiro tem uma mortalidade superior aos demais estados mais impactados, o que revela uma maior subnotificação no estado.

Nesta semana, o mundo também superou a simbólica marca de 100 milhões de infectados. A maior crise sanitária em cerca de 100 anos, após a Gripe Espanhola (de 1918), já deixou 100.584.555 infectados e 2.166.299 mortos, de acordo com a universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos – referência mundial de informações sobre a pandemia, ao lado da britânica Carlow College.

Enquanto isso, a imunização contra a covid-19 no Brasil segue incerta. O mundo já vacinou mais de 70 milhões de pessoas. Entretanto, a maior parte delas em países ricos, como Israel. O pequeno país de pouco mais de 9 milhões de habitantes já vacinou mais de 45% da população, e vê a covid-19 regredir. A OMS e a ONU estão preocupadas com essa desigualdade. Países ricos estão garantindo mais vacinas do que precisam, enquanto países pobres, ou mal organizados como o Brasil, sofrem para conseguir pequenos lotes.


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