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Brasil tem novo dia com mais de mil vítimas e ultrapassa 215 mil mortos por covid-19

O cenário é de crescimento da covid-19 no Brasil. Impacto das aglomerações de fim de ano já são claros e tende a se agravar nas próximas semanas

reprodução/ebc
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Hoje foi segundo dia mais letal da segunda onda, sendo superado apenas pelo dia 7 de janeiro, dia com mais vítimas de toda a série histórica

São Paulo – O Brasil encerra a semana útil com mais um dia passando de mil mortes por covid-19 registradas hoje (22). Foram 1.096 vítimas do vírus. Com o acréscimo, o país ultrapassou, em números oficiais, as 215 mil mortes (215.243) desde o começo da pandemia em território nacional, em março. A média diária de mortes nos últimos sete dias ficou em 1.016 óbitos, um padrão observado apenas durante os piores meses do surto até então, entre junho e agosto.

Em relação ao número de novos casos, foram registrados mais 56.552 infectados no último período. Com isso, o país tem 8.753.920 doentes desde março. As informação são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Isso, sem contar a ampla subnotificação, já que o Brasil é um país que testa pouco. Cálculos conservadores afirmam que os mortos podem estar em torno dos 300 mil.

O cenário é de franco crescimento da covid-19 no Brasil. O impacto das aglomerações das festas e das compras de fim de ano já reflete claramente no número de infectados, que é maior do que no até então pior momento da pandemia. Segundo epidemiologistas, as próximas semanas tendem a ser piores. O grande número de casos deve sobrecarregar o sistema de saúde e resultar num aumento de mortes por complicações da doença.

De acordo com o Imperial College, de Londres, a pandemia no Brasil está fora de controle e em ritmo acelerado de crescimento. A instituição é uma das maiores referências do mundo sobre a pandemia, ao lado da universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Vacinação

Também hoje, 2 milhões de doses de vacinas chegaram no Brasil, vindas da Índia. São imunizantes da AstraZeneca, desenvolvidas em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além disso, o uso emergencial de 4,8 milhões de doses da CoronaVac – desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac – foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A vacinação já começou por todo país, à revelia do presidente Jair Bolsonaro. Desde a chegada do novo coronavírus ao país, o presidente adotou uma postura de negar a ciência e, agora, passou a atacar as vacinas. No entanto, juntamente com o cumprimento rigoroso de medidas de distanciamento social e higiene, a imunização é a grande esperança de colocar fim à pandemia.


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