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Mais um dia letal da covid-19 no Brasil: foram 1.194 mortos em 24 horas

Medo é de que as festas e aglomerações do fim de ano tragam um janeiro trágico em todo o mundo. Alemanha e Estados Unidos têm recorde de mortes

Legado Lima 2019
Legado Lima 2019
Covid-19 segue com alta letalidade em todo o mundo. Hoje, os Estados Unidos superaram as 400 mil mortes

São Paulo – O Brasil tem mais um dia com número elevado de mortes pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. De acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), foram 1.194 mortes nas últimas 24 horas. Isso, um dia após o registro de 1.111 mortos, o período mais letal desde o dia 15 de setembro. A letalidade de hoje foi a maior desde o dia 1º daquele mês. E o país já acumula 193.875 mortes.

O número de novos casos também teve forte elevação. Foram 55.649 novos contaminados. Desde o início do surto no país, em março, já são 7.619.200 brasileiros infectados. Isso, sem contar a subnotificação. O Brasil é um dos países do mundo democrático que menos testa sua população. Na contramão do mundo, que aumentou a capacidade de testagem com o tempo, o Brasil testa menos a cada mês, de acordo com o levantamento da Pnad Covid, do IBGE.

Às vésperas do ano novo, o medo é de que as festas e aglomerações tragam um janeiro trágico. A microbiologista Natalia Pasternak lamenta as aglomerações e também teme o pior. “(Trabalhadores da Saúde) estão trabalhando loucamente para dar conta de atender todo mundo, inclusive aqueles que se contaminaram numa festinha de família, porque tinha um parente que não segue as regras, mas ninguém queria se indispor com ele”, disse.

No mundo

Mesmo em países que já iniciaram o processo de vacinação (mais de 40), o cenário de fim de ano também é complexo. A Alemanha registrou, pela primeira vez desde o início da pandemia, mais de mil mortos em um dia. Nos Estados Unidos, pela terceira vez são mais de 3 mil mortos em 24 horas. Esses países testam muito mais do que o Brasil que, inclusive, não tem previsão de iniciar o processo de imunização.

A crise sanitária mais grave da humanidade desde a Gripe Espanhola, em 1918, deixou até agora 82.115.011 infectados em todo o mundo e 1.793.368 mortos, de acordo com a universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Os norte-americanos lideram o ranking de mortes, com 341.801 vítimas. O Brasil vem na sequência. De acordo com dados do estudo Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Brasil tem mais de 50 mil mortes por síndromes gripais não especificadas, que podem ser de covid-19; o que agrava ainda mais o cenário.


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