Pior a cada dia

Covid no Brasil: número de casos iguala agosto e Pazuello entrega plano de vacinação sem datas

Com país voltando a ter perto de mil mortes diárias por covid-19, parecer enviado ao STF pelo ministro da Saúde diz apenas que a imunização será feita em até cinco dias após aval da Anvisa e entrega das doses

Alex Pazuello/Semcom - Carolina Antunes/PR
Alex Pazuello/Semcom - Carolina Antunes/PR
Em parecer ao STF, ministro da Saúde disse apenas que imunização contra a covid no Brasil será feita em até 5 dias após aval da Anvisa e entrega das doses

São Paulo – O Brasil registrou oficialmente novos 42.889 casos de covid-19 em um período de 24 horas, segundo boletim desta terça-feira (15) do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O país está a dois dias de bater 7 milhões de infectados (já são 6.970.034). O Conass também registrou mais 964 mortes por covid-19 no período, totalizando agora 182.799 vítimas da infecção.

Todos os índices de avaliação disponíveis mostram franca piora no quadro da pandemia no Brasil. Já são cinco semanas consecutivas de alta em novos casos e mortes. O número de casos informados na última semana epidemiológica, entre os dias 6 e 12 de dezembro, foi de 302.950 ocorrências.

Esse número se aproxima ao da semana epidemiológica de 2 a 8 de agosto, no mais grave momento do surto em território nacional. Naquele período, foram 304.535 casos registrados.

Com os jovens passando a ser maioria dos novos casos atualmente registrados, a mortalidade do novo coronavírus caiu em relação a julho e agosto, quando a média semanal de vítimas ficou na casa dos sete mil óbitos. Entre 6 e 12 de dezembro, as mortes oficiais por covid-19 no Brasil foram 4.495.

Vacinação incerta

Enquanto isso, além de se manter contrário ao uso de máscaras, de promover aglomerações de pessoas e de desprezar o isolamento social como forma de prevenir o contágio, o governo de Jair Bolsonaro patina na organização de um plano de vacinação em massa dos brasileiros.

Nesta terça, respondendo a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar um plano detalhado de vacinação nacional contra a covid-19, o Ministério da Saúde limitou-se a enviar ao ministro Ricardo Lewandowski um documento sem datas precisas para a execução da estratégia.

O ministério afirma no parecer que o governo federal deverá apenas repassar os imunizantes aos estados, que terão o papel de distribui-los aos municípios. O repasse prometido se fará em até cinco dias após o produto, seja qual for, ser autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A pasta também prevê que a vacinação contra a covid de toda a população do Brasil possa demorar até 16 meses. O documento é assinado pelo ministro Eduardo Pazuello. “O Ministério da Saúde estima que no período de doze meses concluirá a vacinação da população em geral, o que dependerá, concomitantemente, do quantitativo de imunobiológico disponibilizado para uso, completando-se o plano de vacinação em um total de aproximadamente dezesseis meses”, afirmou.

A vacinação, segundo o ministro, será feita pelas prefeituras e contará com “apoio e coordenação” dos estados e do governo federal.

Covid em São Paulo

A cidade de São Paulo passou dos 450 mil infectados pelo novo coronavírus e também superou a marca de 15 mil mortes por covid-19. Segundo boletim divulgado na tarde desta terça-feira pela Secretaria Municipal da Saúde, são 15.043 mortes confirmadas desde março.

Além disso, um total de 450.268 pessoas foram contaminadas na cidade, ainda segundo o governo de Bruno Covas (PSDB). Em uma semana, o número de infectados na cidade subiu 10%, com 23.284 casos a mais.

Já no estado de São Paulo, de acordo com boletim do governo João Doria (PSDB), são 44.282 óbitos e 1.341.428 casos confirmados do novo coronavírus.


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