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Morte de voluntário da Coronavac teria sido suicídio, diz TV Cultura

Jornal da Tarde disse que teve acesso a laudo do IML que atesta a causa da morte do voluntário. Caso foi utilizado pela Anvisa para suspender os testes da CoronaVac

Reprodução
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Segundo a TV Cultura, informação foi divulgada "em nome do interesse público e do combate às informações falsas"

São Paulo – A morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac teria sido “suicídio”. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo Jornal da Tarde, da TV Cultura. A reportagem afirma que teve acesso ao laudo do Instituto Médico Legal (IML), que confirmaria a causa do óbito. Segundo Aldo Quiroga, âncora do jornal, a causa da morte foi divulgada “em nome do interesse público e do combate às informações falsas”. Porém, o método usado para o voluntário dar fim à própria vida não foi divulgado. A previsão, segundo o jornal, é de que o IML divulgue a íntegra do laudo às 17h ainda desta terça.

Mais cedo, em coletiva de imprensa, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, foi enfático ao afirmar que o óbito do voluntário “não tem relação com a vacina”. Mas alegou que, por motivos éticos, – os dados do estudo são mantidos em sigilo – a causa da morte não poderiam ser divulgados. Ele registrou, entretanto, que todas as informações desse “evento adverso grave” foram repassadas à Anvisa ainda na semana passada.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou ontem a suspensão do estudo clínico da vacina Coronavac, após o registro de um “evento adverso grave”. “O evento adverso, como explicado na coletiva, é uma forma da literatura médica se referir a acontecimentos não relacionados ao que está em testes. Não tem necessariamente relação com a vacina. Diz respeito a um voluntário que tirou a própria vida”afirmou Dimas Covas.

Suspenção injusta

Da mesma forma, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, e o diretor do Centro de contenção do Coronavírus, João Gabbardo, também destacaram a inexistência de “nexo causal” entre o óbito e a aplicação da Coronavac. A vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório Sinovac, com sede na China.

“Se vocês pudessem ter acesso às informações que nós temos, poderiam identificar quão injusto está sendo essa suspensão”, disse Gabbardo durante a coletiva.

Além disso, após a suspensão da Anvisa, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou a decisão para, mais uma vez, politizar a questão. No Facebook, em vez de aguardar o avanço das investigações sobre o caso, o presidente compartilhou a notícia da suspensão dos testes da vacina, incluindo o seguinte comentário: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha.”

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