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OMS: falhas de transporte e armazenamento podem estragar vacinas contra covid-19

OMS aponta que grande parte das vacinas perde eficácia por problemas de logística. Problema pode se repetir com a necessidade de vacinação em massa contra a covid, em proporções gigantescas

IRR/Fiocruz Minas
IRR/Fiocruz Minas
Entre os maiores problemas logísticos relacionados às vacinas está a questão das baixas temperaturas, necessárias para a manutenção da eficácia no transporte até o paciente final

São Paulo – A covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, já provocou, em números oficiais, 154.837 mortos no Brasil. Desde o início do surto no país, em fevereiro, já são 5.273.954 infectados, sem contar com a ampla subnotificação. As maiores esperanças para a superação da crise estão nas vacinas. Entretanto, além das dúvidas sobre a eficácia dos compostos em desenvolvimento, questões como a logística de transporte e distribuição das vacinas preocupam autoridades sanitárias de todo o mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 25% de todas as vacinas chegam aos cidadãos degradadas por problemas no transporte. Das vacinas distribuídas, até 50% delas podem ser ineficazes, como resultado de armazenagem inadequada, entre outras questões logísticas.

Entre os maiores problemas logísticos relacionados às vacinas de forma geral está a questão da baixa temperatura necessária para a conservação da eficácia, desde a fabricação, passando pelo transporte e armazenamento até chegarem ao paciente final. Os dados da OMS apontam mais uma grande preocupação em relação a quando a crise sanitária provocada pela covid-19 será resolvida.

Balanço

Hoje (20) foram registradas 661 mortes pela covid-19 no Brasil, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Já o número de novos infectados foi de 23.227. Os números seguem a tendência de recuo na pandemia observada desde o dia 35 de agosto.

A redução na mortalidade vai de encontro com a elevação de casos na Europa e Estados Unidos. Entretanto, os países citados foram impactados pela covid-19 antes do Brasil. A segunda onda que os atinge agora, deve chegar no Brasil nos próximos meses. É o que afirmam cientistas, como Miguel Nicolelis.