Primeiros testes

Vacina russa é segura e produz alta imunidade contra covid-19, diz estudo

Revista científica ‘The Lancet’ afirma que imunização produziu anticorpos em cerca de 21 dias após a primeira aplicação

SPUTNIK
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Estudo diz que vacina russa induziu fortes respostas imunes humoral e celular, em todos voluntários adultos saudáveis

São Paulo – A vacina russa Sputnik V é segura, bem tolerada e não causa eventos adversos graves. De acordo com estudo publicado nesta sexta-feira (4), pela prestigiada revista científica The Lancet, a vacina é altamente imunogênica e induziu fortes respostas imunes humoral e celular, em todos voluntários adultos saudáveis.

Os resultados publicados são de dois testes feitos com 38 voluntários cada, sendo 76 ao todo. Os participantes eram pessoas saudáveis, com idades entre 18 e 60 anos, testados em duas formulações da Sputnik V: rAd26-S e rAd5-S.

A revista científica aponta ainda que a vacina russa produziu anticorpos em cerca de 21 dias após a primeira aplicação. Depois de 28 dias, os pesquisadores também detectaram a produção de células T, outro produto do sistema imunológico que tem um papel importante no combate à doença.

As reações foram leves, de acordo com o The Lancet. Dores no local da aplicação, hipertermia e dor de cabeça foram os únicos sintomas. A Rússia ainda trabalha num ensaio clínico de fase 3, com o envolvimento de 40.000 voluntários de diferentes idades e grupos de risco.

Vacinas no Brasil

O governo do Paraná anunciou que tem um acordo, desde agosto, com a Rússia para fabricar a vacina. A produção, entretanto, não tem previsão de início, pois depende de aprovação da Anvisa.

Já a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac tem previsão de disponibilidade ainda em dezembro deste ano, segundo o Instituto Butantan. Cerca de 45 milhões de doses da imunização – batizada de Coronavac – vão chegar da China entre outubro e dezembro.

Outra vacina que está próxima de aprovação é a elaborada pela Universidade de Oxford. A Comissão Europeia pretende ter as primeiras doses da vacina contra o novo coronavírus já no mês de novembro. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Bio-Manguinhos, vai contribuir para a produção da vacina no Brasil.

Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta outro problema para vacinar a população: o presidente Jair Bolsonaro. O governo federal tem realizado campanhas públicas anti-vacina, que buscam desestimular a imunização na sociedade.


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