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Brasil encerra mais uma semana no ‘topo’ da pandemia e já tem 106.523 mortos pela covid-19

Curva epidemiológica da covid-19 no Brasil não dá sinais de regressão e país passa dos 3,2 mihões de casos de infecção pelo novo coronavírus

Senado Federal/Twitter
Senado Federal/Twitter

São Paulo – O Brasil encerra a semana útil com mais um dia de número elevado de mortes pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Nesta sexta-feira (14), o país registrou 1.060 novos mortos pelo vírus, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O número acumulado de óbitos chega a 106.523.

Já o número de infectados teve acréscimo de 50.644 novos casos no período. Desde o início do surto, em março, já são 3.275.520 doentes. Os números não refletem a realidade, já que não levam em conta a ampla subnotificação, denunciada por cientistas e reconhecida por autoridades.

Números da covid-19 no Brasil, consolidados pelo Conass

No epicentro

O Brasil segue como epicentro da pandemia no mundo. Já são mais de 10 semanas com mais de mil mortes diárias, em média. Desde março, a média de mortes fica em torno de 950. Em números globais, apenas os Estados Unidos foram mais afetados. Entretanto, o país norte-americano testa muito mais do que o Brasil.

No cenário local, o Brasil tem aproximadamente o dobro de mortos do que os 11 países que compõem a América do Sul. Enquanto demais países promovem medidas de segurança sanitária e isolamento social, o Brasil tem os números altos explicados pela ausência de ação do poder público.

Governadores e prefeitos decretaram fracas medidas de isolamento entre março e junho. Após pressão econômica, abandonaram a proteção à população. E fizeram no ápice da doença. Mais da metade das mortes no Brasil aconteceram após a reabertura do comércio em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a Argentina, tem 78.276 casos registrados e 5.362 mortos. Mesmo com baixo número de vítimas, em comparação ao Brasil, o país sempre seguiu uma política responsável. Hoje (14) o vizinho decretou a ampliação do lockdown, vigente desde o fim de março, para até o fim de agosto.

Curva epidemiológica no Brasil não dá sinais de regressão, enquanto poder público faz que não vê


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