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Coronavírus segue em expansão, e Brasil passa de 60 mil mortos pela covid-19

Brasil registra 1.038 mortos em 24 horas. No total, ao menos 1.448.753 brasileiros já foram infectados. Pico deve chegar só em agosto

Andréa Rêgo Barros
Andréa Rêgo Barros
Especialistas projetam que pandemia sequer chegou em seu período mais crítico no país

São Paulo – O Brasil registrou outro dia com mais de mil mortes causadas pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Com a confirmação de 1.038 vítimas hoje (1º), o país chega à marca de 60.632. Já o número de infectados foi novamente alto, o que confirma a continuidade da tendência de expansão do vírus. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass.

São 46.712 novos casos registrados. No total, ao menos 1.448.753 brasileiros já foram infectados pelo coronavírus. É a décima semana de crescimento contínuo da pandemia. No entanto, os números reais são muito superiores, de acordo com cientistas. O país é um dos que menos realiza testes e também não faz um trabalho preciso para mapear a disseminação da pandemia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil segue como epicentro da pandemia. Na América Latina, o número de infectados e mortos em território nacional supera a soma das pessoas de todos os demais países. No cenário global, o país é o segundo mais atingido, atrás apenas dos Estados Unidos.

Números consolidados pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass)

Isolamento social

Hoje, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), um braço da OMS, comunicou que a previsão é que o pico de casos da doença no Brasil chegue em agosto. De acordo com estudo do Imperial College, da Inglaterra, uma das principais instituições de estudo epidemiológico do mundo, a transmissão do vírus no Brasil segue descontrolada.

Já o número de mortos segue uma tendência momentânea de estabilidade, embora ainda em patamares muito elevados. Para autoridades sanitárias, medidas de isolamento social seguem necessárias para minimizar efeitos da pandemia. “As projeções para a região das Américas estimam que, até outubro, haverá mais de 627 mil mortos, quase três vezes o que vemos hoje”, disse o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, Marcos Espinal.

Após muitas cidades e estados anunciarem o relaxamento das medidas de isolamento social, em meados de junho, o novo coronavírus passou a acelerar seu ritmo em muitas regiões. É o caso do Paraná, que viu a pandemia crescer cinco vezes em 15 dias de relaxamento. Agora, o estado decretou o endurecimento das medidas até o dia 14 em cidades como a capital, Curitiba.

Já em São Paulo o governador João Doria (PSDB) segue com o plano de relaxamento. Hoje, o estado atingiu a marca de 15.030 mortos, com tendência de interiorização do vírus, algo que se repete em muitos lugares do país. O número de infectados no estado mais afetado da federação é de 289.935.

Estados mais afetados pela covid-19

Edição: Fábio M. Michel


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