"Balbúrdia"

UFPR cria kits que podem baixar custo de testes de covid-19 para R$ 10

As tecnologias são para testes rápidos de covid-19, que atualmente custam em torno de R$ 150. E são mais precisas, segundo pesquisadores da universidade

Rovena Rosa/ABR
Rovena Rosa/ABR
O descontrole da pandemia no Brasil se deve, em parte, à falta de testagem

São Paulo – A Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveu duas tecnologias que podem baixar em cinco vezes o custo de testes rápidos para diagnóstico de covid-19. No mercado a um preço médio de R$ 150 devido aos componentes importados, torna artigo de luxo a testagem tão recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir a contaminação.

Trata-se de antígenos virais sintéticos, já produzidos em escala, que em 15 minutos atestam a presença do novo coronavírus no organismo humano, que passa a produzir anticorpos para reagir à presença do vírus, de sete a dez dias após o contágio. A inovação permite redução do custo do kit de teste a cerca de R$ 10.

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“O sistema permite reduzir os casos de falsos positivos. Não encontramos no mercado produto similar que seja capaz de detectar dois antígenos com tanta rapidez, escalabilidade e baixo preço. O fato de as proteínas estarem em solução e não fixadas em um substrato seco, como nos testes imunológicos tradicionais, reduz o número de falsos positivos. Além disso, o uso de nanopartículas e de reagentes cromogênios especiais aumenta a sensibilidade de detecção do nosso método”, disse o professor Luciano Fernandes Huergos, que coordena o Laboratório de Microbiologia Molecular do campus Litoral da UFPR, em Matinhos.

Mercado

Outra inovação, criada no mesmo laboratório, é uma adaptação para um teste imunológico tradicional, o Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (Elisa), que detecta a presença de anticorpos contra o novo coronavírus também em poucos minutos. Seu custo seria reduzido para cerca de R$ 5 com a utilização do antígeno da UFPR.

Para chegar ao mercado e beneficiar a sociedade, porém, essa tecnologia depende de indústrias interessadas em produzir e comercializar. Para isso, o laboratório abriu editais por meio da agência de inovação da universidade.


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