Contágio

Número de casos de covid-19 na Baixada Santista pode ser sete vezes maior

Com 10 mil testes aplicados em quatro etapas, pesquisa identificou índice de contaminação de 6,5% na região

Breno Esaki/Agência Saúde
Breno Esaki/Agência Saúde
Pesquisa aplicou dois tipos de testes rápidos e detectou subnotificação de mais de 80% no casos de covid-19 em São Paulo

São Paulo – A quarta fase do inquérito sorológico desenvolvido na Baixada Santista, litoral de São Paulo, indica que o total de casos de covid-19 pode ser até sete vezes maior que as notificações oficiais. Realizada pela Agência Metropolitana da Baixada Santista, a pesquisa identificou que 6,6% da população já pode ter sido contaminada.

Até o último domingo (29), a região havia registrado oficialmente 22.419 casos confirmados e 948 óbitos causados pela covid-19. “Nossa estimativa, com intervalo de confiança de 95%, é que os números, na região, são sete vezes maiores do que aqueles que estão sendo notificados”, afirmou a infectologista Karina Barros.

Em entrevista ao programa Brasil TVT, neste domingo (28), ela destacou que a região registrou um dos níveis mais acelerados de disseminação da doença. Mas, apesar da velocidade da contaminação, os índices ainda estão muito distantes daqueles que justificariam uma aberta segura.

Em meados de maio, quando foi realizada a segunda fase do levantamento, o índice de infecção era de 2,2%. Duas semanas depois, em junho, na terceira fase do levantamento, esse número chegou a 3,9%, um crescimento de cerca de 77%. Foram 10 mil testes rápidos aplicados a cada 15 dias, divididos em quatro fases.

Assista à entrevista:

Redação: Tiago Pereira


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