Risco de expansão da covid-19 em algumas cidades do interior é igual ao das capitais
Cidades de São Paulo que possuem alta possibilidade de difundir o contágio, segundo o estudo, estão em fase de flexibilização do isolamento
Publicado 04/06/2020 - 12h43
São Paulo – As cidades do interior não estão livres dos riscos da covid-19. Estudo feito por especialistas mostra que alguns municípios, como Ribeirão Preto (SP), Campina Grande (PB) e e Caruaru (PE) têm potencial de propagação que equivale ao das capitais de estados.
O levantamento diz que os três municípios são pilares da interiorização do novo coronavírus, pois concentram parte das indústrias e comércios, além de possuir papel importante nas conexões com outras cidades. O estudo foi feito por pesquisadores das universidades Federal de Ouro Preto (Ufop) e Estadual Paulista (Unesp), em colaboração com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
“Essas regiões podem ajudar a acelerar e amplificar a interiorização da epidemia de covid-19 ao servir de atalho para a propagação da doença para diversos outros municípios com os quais têm conexões”, explicou Leonardo Bacelar Lima Santos, pesquisador do Cemaden, à Agência Fapesp.
Covid-19 no interior paulista
Outras cidades do estado de São Paulo, como Jundiaí, Sorocaba, Piracicaba e Presidente Prudente, também figuraram em posições mais altas em todas as medidas analisadas sobre a possibilidade de expansão da covid-19 no interior. Entretanto, na última segunda-feira (1º), começou a a flexibilização da quarentena no estado de São Paulo, anunciada pelo governador João Doria (PSDB). A medida divide o estado em zonas de cinco cores, variando de acordo com o estágio de controle da pandemia.
Apesar de serem apontadas como potenciais propagadoras do vírus, Ribeirão Preto, Piracicaba e Sorocaba foram classificadas na “fase de controle”, o que permite a retomada de atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers.
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Presidente Prudente, outra cidade alertada pelo estudo, está na “fase de flexibilização”, que além dos shoppings e comércios, também libera o acesso da população aos bares, restaurantes e salão de beleza.