Tristes números

Brasil está perto de registrar 50 mil mortes de covid-19

Segundo últimos dados do Conass, total de óbitos vai a 49.974. Nas últimas 24 horas foram 1.022 mortes. Ato homenageia trabalhadores mortos

Elineudo Meira (Chokito) / Sindsep
Elineudo Meira (Chokito) / Sindsep
Ato em São Paulo neste sábado homenageou os trabalhadores mortos pela covid-19

São Paulo – Com 1.022 mortes registradas nas últimas 24 horas, o Brasil se aproxima do total de 50 mil mortes pela covid-19, número que deverá ser atingido neste domingo (21). Entre 16 horas de ontem e 16 horas de hoje, período de contagem das notificações, o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) informa o total de 49.976 mortes alcançadas neste sábado (20). 

Em relação ao número de casos confirmados da doença, o último período registrou 34.666 novas notificações, elevando o total de infectados no país para 1.067.579. 

Ainda segundo os números do Conass, o estado de São Paulo acumula 12.494 mortes e 215.793 casos confirmados. A curva de infecção continua mantendo tendência de alta. O estado concentra 25,15% das mortes de covid-19 no país, e 20,21% do número de casos.

Em segundo lugar na classificação dos estados em relação à incidência da doença, o Rio de janeiro aparece com 95.537 casos e 8.824 mortes. 

Taxas de mortalidade

Apesar da concentração de casos no sudeste do país, as maiores taxas de mortalidade são encontradas nas regiões norte e nordeste. O estado do Amazonas tem uma mortalidade de 63,9 por 100 mil habitantes; e o Pará, de 52,5 por 100 mil habitantes. 

São Paulo tem uma taxa de 27.2 por 100 mil habitantes, enquanto Rio de janeiro está entre os estados com maior mortalidade também: taxa de 51,1 por 100 mil habitantes. O Ceará também tem uma alta taxa de mortalidade de 60,4 por 100 mil habitantes.

Já os estados da região sul têm baixos índices de mortalidade, abaixo de 4 por 100 mil habitantes. Segundo especialistas, essa discrepância entre as unidades da federação reflete as desigualdades sociais no país. Resulta das condições de moradia, do acesso a serviços de saúde, do tipo de mobilidade, entre outros fatores. O fato de em comunidades as pessoas viverem espaços exíguos, dentro de cômodos comuns, reforça o problema da incidência da doença.

Homenagem aos trabalhadores mortos

Na manhã deste sábado (20), entidades sindicais que formam o macrossetor do Serviço Público da CUT-SP realizaram um ato em memória aos trabalhadores e as trabalhadoras mortos pela covid-19. A homenagem ocorreu na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista.

A ação foi realizada respeitando as normas de segurança recomendas por entidades sanitárias, como distanciamento social entre os participantes e o uso obrigatório de máscaras.

No ato, um memorial com cruzes e placas foi instalado na praça para simbolizar alguns dos trabalhadores mortos. O Brasil está prestes a atingir a marca de 50 mil óbitos pelo novo coronavírus, o segundo país no mundo com mais registros.

No entanto, em número de trabalhadores da saúde e demais servidores, o país está na primeira posição em número de perdas. Entre infectados, na última sexta (19), atingiu a marca de 1 milhão de pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 12% desse total são de trabalhadores que atuaram na linha de frente ao combate da covid-19.

Em número de mortes no Brasil, só de médicos foram 139 profissionais, da enfermagem, 190. Enquanto que na capital paulista, a categoria do serviço público registra ao menos 54 mortes de servidores.

Com informações do Conass e da CUT-SP