Grupos de risco devem manter confinamento após quarentena, diz consultor do Corinthians
Médico Joaquim Grava, consultor do Corinthians, avalia também que quarentena será a base para que as pessoas tenham mais empenho em relações solidárias
Publicado 25/05/2020 - 06h51
São Paulo — Os grupos de risco para a covid-19, como os de pessoas que têm pressão alta e diabetes, devem manter o isolamento depois da quarentena. Essa é a opinião de Joaquim Grava, consultor médico do Corinthians e diretor de saúde do grupo Bandeirantes de Ensino, em São Paulo.
“O fato de ter a fase de quarentena não significa que não haverá mais o vírus. As pessoas que já tiveram vírus estão com imunidade, podem sair de casa para trabalhar. Mas após a quarentena devemos manter o afastamento vertical de pessoas que tem alguma morbidade”, afirma.
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Grava conversou com o jornalista Rodolpho Gamberini do canal O Planeta Azul, no YouTube. Na entrevista, o médico falou também sobre o impacto da quarentena no ensino. Ele disse que na rede particular o sistema online permite que as aulas sejam ministradas a distância sem prejuízo do aluno. E também lembrou que a qualidade do aprendizado no sistema a distância depende do aluno criar um ambiente doméstico sem ruídos e interferências para poder ter orientação total no sentido do aprendizado.
Grava destacou que há professores que preferem trabalhar com o ensino à distância, pelo fato de ter o conforto de casa, mas também reconhece que o problema são as aulas práticas que necessitam da presença do aluno e do professor. “Nesse caso, o atraso será tirado depois da pandemia”, diz.
Confira a entrevista
Segundo o médico, o confinamento tem servido não apenas para evitar a contaminação, mas também para que cada um faça uma revisão do nosso comportamento social e adote posturas mais solidárias. Ele destaca que em relação ao vírus todos estão praticamente na mesma condição, do ponto de vista da vulnerabilidade ao risco de infecções.