Coronavírus

Governadores e Comitê Científico do Nordeste definem ações contra crise

Na primeira reunião foi definido que os estados colocarão suas universidades e agências de fomento à pesquisa para trabalhar em conjunto

Twitter Camilo Santana
Twitter Camilo Santana
Governador do Ceará Camilo Santana (PT) em reunião virtual com demais governadores e Comitê Científico

São Paulo – Governadores dos estados do Nordeste e cientistas integrantes do Comitê Científico de enfrentamento ao coronavírus, coordenado por Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende, reuniram-se nesta quarta-feira (1º) para definir as primeiras ações. Entre os pontos destacados, a importância de os governos atuarem de maneira unificada não apenas na política e na busca de soluções econômicas, mas também na atuação de suas fundações de amparo à pesquisa e universidades.

Nessa primeira reunião, já foi definido que o Consórcio Nordeste deve disponibilizar ainda esta semana um aplicativo que estará articulado a um Registro Eletrônico de Saúde, passível de ser conectado a qualquer tempo e qualquer outro sistema e solução de informação. A ferramenta permitirá a hierarquização dos usuários por prioridade de risco.

Será feito atendimento remoto e registro das informações, o monitoramento e acompanhamento dos cidadãos e permitirá que se aprenda com o comportamento da pandemia e das pessoas no território para desenvolver ações ainda mais efetivas de combate à pandemia do coronavírus. A ferramenta será oferecida assim que Google Store e Apple Store liberarem o acesso. O aplicativo poderá ser encontrado com o nome Monitora Civid-19.

Outra decisão tomada na reunião foi a de estimular a produção de máscaras caseiras e sua utilização cotidiana. Para isso, haverá orientação sobre modelos para a produção delas e cuidados com manuseio e a higiene das máscaras, sendo necessário que as do tipo caseiro sejam lavadas frequentemente.

Os membros do Comitê Científico também recomendaram que os estados ampliem a testagem dos profissionais de saúde e adotem um protocolo unificado de proteção, mesmo considerando a dificuldade de compra de insumos, materiais e equipamentos. Para isso, o próprio comitê fará sugestões nos próximos dias.

O coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto, destacou a quantidade enorme de informações falsas, “o que aumenta a importância deste comitê na filtragem delas para qualificar as decisões que os governadores vão tomar”.

Coordenada pela secretária de Ciência e Tecnologia da Bahia, Adélia Pinheiro, a sala de situação do Comitê Científico tem a incumbência de garantir a sua operação e eficiência. É responsável por receber e processar informações e, a partir da interação com todos os participantes do comitê, utilizar modelos matemáticos para planejamento e ações mais efetivas.


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