crise sanitária

Brasil conta 11.130 casos de infectados e tem 54 mortes em 20 horas

São Paulo projeta 220 mil casos da covid-19 para os próximos dias e vai pedir R$ 500 milhões ao Banco Mundial. Bolsonaro realiza jejum contra a doença

Roberto Parizotti
Roberto Parizotti
Em apoio a Bolsonaro, alguns poucos manifestantes tentam um ato contra a quarentena na Av. Paulista, em São Paulo, neste domingo

São Paulo – O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (5) que já são 486 mortes pelo novo coronavírus no Brasil. Nas últimas 20 horas foram confirmados 54 óbitos. Estes são os números oficiais, mas há inúmeras mortes ainda não confirmadas pelas autoridades.

Até 18h de sábado, eram 432 mortes. No total, são 11.130 casos oficiais no país até agora – aumento de 852 casos de sábado para domingo. Até ontem, eram 10.278 casos confirmados. A taxa de mortalidade no país, segundo o governo, é de 4,4%, superior à taxa global de 3,74%.

São Paulo é o epicentro da crise no Brasil. O estado tem 4.620 casos confirmados, com 275 mortos. O total de casos no estado representa 41,5% das ocorrências no país.

O governo de João Doria projeta 220 mil casos para os próximos dias, com a expansão da contaminação. Com essa projeção, Doria vai pedir R$ 500 milhões ao Banco Mundial, segundo informou a Agência Estado, para combater a doença. Entre as ações previstas, estão a criação de pelo menos mais 500 leitos de UTI e a compra de testes.

Jejum contra o vírus

O presidente Jair Bolsonaro passou o dia, desde o fim da manhã, postando em suas redes sociais, vídeos e notas  pelo uso indiscriminado do medicamento cloroquina, contra o isolamento social. No fim da tarde, participou de ato com alguns fundamentalistas evangélicos e católicos no “jejum” contra o coronavírus.

No ato, um dos pastores, diante de Jair Bolsonaro de joelhos, garantiu que não haverá mais mortes no país pelo coronavírus. Os opositores de Bolsonaro foram qualificados como “instrumentos de Satanás”.

Com informações do Ministério da Saúde e Brasil 247.