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Coronavírus em São Paulo: shoppings fechados e vacina contra gripe nas farmácias

Doria “recomenda” restrição total de funcionamento dos shoppings e medidas para conter epidemia na região metropolitana da capital

CC.0 Wikimedia
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Locais de grande concentração de pessoas, shoppings da Grande São Paulo devem fechar para conter propagação do coronavírus

São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recomendou o fechamento dos shoppings da capital e da região metropolitana a partir da próxima segunda-feira (23), como forma de conter o avanço da pandemia do coronavírus na região, onde estão sendo registrados o maior número de casos positivos no Brasil. Ele antes afirmou que o fechamento dos shoppings era uma “determinação”, mas mudou para “recomendação”.

“Primeiro, o fechamento dos shoppings centers na região metropolitana de São Paulo. Todos os shoppings deverão ser fechados até o dia 23 por razões sanitárias e proteção. O fechamento está determinado até dia 30 de abril”, disse, ao abrir entrevista coletiva do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, no início da tarde de hoje (18).

As entidades que representam as administradoras de shopping centers do estado não haviam se manifestado sobre a recomendação até o fechamento desta matéria.

Além da “recomendação”, o governo paulista anunciou que o atendimento do Poupatempo e do Detran será reduzido, para evitar aglomerações. Com o mesmo objetivo, foram firmadas parcerias com mil farmácias da rede privada para aplicação da vacinas contra a gripe, gratuitamente, também a partir da próxima segunda-feira. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) vão fazer a aplicação da vacina normalmente.

O comitê anunciou que pretende ampliar a entrega de medicamentos de alto custo, evitando que os pacientes precisem se deslocar às unidades de saúde. Todos deverão receber quantidade suficiente para três meses de tratamento. As medidas anunciadas não valem para o interior e o litoral, apenas para a região metropolitana da capital paulista.

O governador também anunciou R$ 500 milhões para apoio aos setores econômicos mais atingidos pela epidemia de coronavírus, como turismo e serviços e pediu aos empresários para que não demitam os trabalhadores, mesmo com o fechamento temporário de alguns serviços. “O coronavírus tem prazo, não vai durar eternamente. Pedimos que antecipem férias, preservem os empregos e não demitam.”

Doria disse ainda que vai solicitar mais verba do governo federal para o enfrentamento da epidemia de coronavírus, já que São Paulo é o epicentro da crise. Até agora, foram liberados R$ 92 milhões pelo Ministério da Saúde, correspondente à metade do que foi solicitado. Segundo o Centro de Contingência, já há 1.049 Unidades de Terapia Intensivas prontas para atender pacientes com coronavírus no Estado, de 1.400 propostas.

O estado tem 196 casos confirmados e 8 mil em análise. Cerca de 20% dos pacientes estão internados.


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