precarização

População protesta contra falta de médicos e equipamentos em hospital de São Paulo

Usuários do Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul da capital paulista, realizaram ato denunciando problemas na infraestrutura e falta de profissionais

"Nós não iremos aceitar isso. Tem dinheiro para as organizações sociais, mas não tem dinheiro para o povo. Nós estamos aqui exigindo saúde já", contesta manifestante em ato em frente ao Hospital do Campo Limpo

São Paulo – O Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul da cidade de São Paulo, tem um déficit hoje de pelo menos 500 profissionais em seu quadro de funcionários, sendo 100 deles médicos. Segundo os usuários, a infraestrutura também deixa a desejar, com falta de itens básicos como fita de medição de glicemia e problemas com elevadores. O colapso da unidade hospitalar foi denunciada nesta quarta-feira (23) pela população que depende do equipamento público. Em ato em frente ao Hospital, usuários reivindicaram melhorias na estrutura.

“Nós não iremos aceitar isso. Tem dinheiro para as organizações sociais, mas não tem dinheiro para o povo. Nós estamos aqui exigindo saúde já”, protestava um manifestante. Há dois anos, a paciente Maria de Lourdes faz tratamento de artrite e artrose na unidade que, de acordo com ela, vive lotada. Principal referência para casos de trauma, Maria de Lourdes explica que a maioria dos acidentes na região são encaminhados ao hospital, o que agrava a defasagem no quadro de profissionais. “Nós temos funcionários que têm que tomar conta de 12, mas que tomam conta de 30 (pacientes)”, explica.

Ao repórter André Gianocari, do Seu Jornal, da TVT, conselheiros gestores apontaram que o hospital tem atuado com apenas 40% do quadro de funcionários e com a falta de materiais como insumos básicos a equipamentos ortopédicos e de tomografia. Ainda de acordo com os conselheiros, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) chegou a ir à unidade nesta semana e disse que enviaria dois tomógrafos, mas a população cobra a documentação da promessa.

“O que nós estamos precisando aqui no Hospital do Campo Limpo é a contratação de urgência de concursos públicos, que já foram realizados”, contesta o integrante do Movimento Popular de Saúde do M’Boi Mirim Anderson Lopes. “Mas o prefeito não chama, ele só quer vender o espaço público, privatizar”, diz, em referência ao projeto de Covas que trata da venda de 41 terrenos municipais.

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