São Paulo – Representantes de governos de diversos países aprovaram a continuidade da utilização do agrotóxico sulfluramida na agricultura durante a 9ª Conferência das Partes da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes. Foram desconsiderados os diversos riscos à saúde da população constatados em estudos, como baixo peso de recém-nascidos, enfraquecimento da imunidade, além de disfunção na tireoide e câncer, de acordo com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), além de danos ao meio ambiente. 

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, a diretora da Toxisphera Environmental Health Association, Zuleica Nycz, comentou que a aprovação se deu mesmo com a pressão de diversas entidades que pediam o fim da licença de utilização. Hoje, o Brasil é o principal produtor mundial desse veneno. 

“Quando o governo brasileiro vai na Conferência das Partes tomar uma decisão em nome do país com a delegação brasileira formada pelo Ministério de Relações Exteriores e pelo ponto focal técnico que, neste caso, é o Ministério do Meio Ambiente, deveria em tese consultar a sociedade sobre essas decisões, que não podem ser tomadas sem transparência e sem a participação da sociedade”, contesta Zuleica. 

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