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Brasil está longe de cumprir metas de saúde criadas pela OMS

Agência divulgou lista com 10 metas prioritárias para saúde em 2019. Poluição, mudanças climáticas e a ausência de políticas públicas são alguns dos principais desafios

Fernando Frazão/EBC

Aumento de vacinação é um das metas que no Brasil enfrenta a falta de investimentos e o movimento antivacina

São Paulo – A lista das 10 metas prioritárias de saúde para 2019, divulgada recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda está longe de ser cumprida pelo Brasil, segundo especialistas consultados pela Rádio Brasil Atual. A redução da obesidade, o aumento na cobertura de vacinas, a luta contra o HIV, a melhora na qualidade do ar e o fortalecimento da saúde primária, foram alguns dos temas incluídos no plano estratégico da OMS.

Marcado pelo avanço de políticas neoliberais que têm impactado negativamente nos indicadores de saúde brasileira, como aponta o estudo “Austeridade e Retrocessos – Impactos da política fiscal no Brasil”, o médico infectologista, ex-ministro nos governos Lula e Dilma e ex-secretário de Saúde da prefeitura de São Paulo na gestão Fernando Haddad, Alexandre Padilha, avalia que o país está longe de cumprir os objetivos estipulados pela OMS. 

“As medidas, tanto do governo Temer quanto agora a partir dos anúncios do Bolsonaro, mostram que o Brasil está extremamente distante, eu diria até na contramão, daquilo que a Organização Mundial da Saúde estabelece como as dez prioridades do mundo”, avalia Padilha, ressaltando os efeitos negativos da EC 95, a emenda do Teto de Gastos, que limita investimentos sociais no país pelos próximos 20 anos.

Ao todo, a agência espera cumprir as metas estabelecidas no plano estratégico até 2023 para cerca de 3 bilhões de pessoas.

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