Transparência

Idec aponta falta de controle sobre reajustes feitos pelos planos de saúde

Aumentos são criticados constantemente por consumidores e fazem parte de 23% do total de queixas registradas no órgão

Arquivo EBC/Reprodução

Em junho, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou um aumento de 10% sobre planos individuais

São Paulo – Após o aumento de 10% nos planos de saúde individuais, autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em junho, segurados têm reclamado que o reajuste, superior a inflação de 4,39%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) é abusivo. Diante das queixas registradas pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a pesquisadora em Saúde do órgão Ana Carolina Navarrete alerta que os usuários que identificaram um aumento superior ao teto aprovado podem pedir justificativas ao plano e denunciar junto à ANS, aos Procons e na Justiça.

Os planos de saúde respondem, de acordo com dados do Idec, a mais de 23% do total de reclamações registradas pelos consumidores. Desse total, 44,5% questionavam os reajustes. Em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, Ana Carolina destaca ainda que, nos últimos dois anos, a fiscalização dos aumentos foi falha e a falta de regulação do setor prejudica os usuários que ficam reféns das operadoras.

“O consumidor tem ficando cada mais preocupado em como pagar o plano de saúde e uma das explicações possíveis é que de fato não está existindo um controle sobre esses aumentos”, afirma. O registro de aumentos superior à inflação, como também feito em 2017, quando a ANS autorizou o reajuste de 13,55% em contrapartida a inflação daquele período, de 2,9%, registrada pelo IPCA, senadores articulam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os constantes aumentos.  

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