Descaso

Manifestantes acampam em defesa do Hospital Universitário da USP

Crise que se arrasta há anos é motivada por falta de financiamento público. De acordo com estudantes e funcionários, verbas disponíveis para o hospital estão travadas pelo governo estadual

TVT/Reprodução

Em junho, o governador Márcio França (USP) vetou verba de R$ 48 milhões ao HU destinada aos gastos pessoais

São Paulo – Estudantes e funcionários do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), localizado no Butantã, na zona oeste da capital paulista, estão, ao lado de moradores do bairro, acampados desde quinta-feira (30) em frente ao hospital contra o sucateamento que enfrenta o HU nos últimos cinco anos por conta da falta de financiamento público. Segundo os manifestantes, apesar de haver recursos disponíveis, eles não foram aplicados. 

Desde 2013, o hospital perdeu mais de 400 funcionários, e leitos, exames e cirurgias foram reduzidas. Em novembro do ano passado, o Pronto Socorro (PS) Infantil foi fechado e, um mês depois, o PS Adulto passou a atender apenas aos casos de emergências encaminhados pelas unidades de saúde básica.

Em junho, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou o Projeto de Lei (PL) 367/2018 que destinava R$ 48 milhões ao HU para a ampliar o quadro de funcionários, corrigindo uma emenda aprovada no final de 2017 que alocava recursos apenas para o custeio. No entanto, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), vetou o PL sob o argumento de inconstitucionalidade.  

Desde então, de acordo com o integrante do coletivo Butantã na Luta Mário Balanco em entrevista ao repórter Leandro Chaves, da TVT, a negativa do governador foi derrubada pelos deputados da Alesp e aguarda agora a votação no Plenário. Balando destaca ainda que há dados da Coordenadoria de Administração Geral (Codage-USP) de que a USP recebeu R$ 40 milhões do total da verba de custeio que não está sendo aplicada. “A nossa pressão aqui no acampamento é para que isso seja revertido para o hospital”, afirma.

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