Remédio Popular

Governo Alckmin fecha farmácias da rede Dose Certa

Dos 14 postos localizados em pontos de grande circulação, como terminais de ônibus e estações de metrô, oito já foram fechados

Reprodução/TVT

Rede Dose Certa distribuí gratuitamente mais de 50 tipos de medicamentos, como anti-hipertensivos e antibióticos

São Paulo – Está mais difícil para a população de baixa renda da cidade de são Paulo encontrar remédios gratuitos, com o fechamento de unidades do programa Dose Certa. Dos 14 postos que funcionavam desde 2004, administrados pelo governo estadual, apenas seis continuam abertos. 

Um diferencial do programa é que as farmácias estão, ou estavam, localizadas em pontos de grande circulação, como terminais de ônibus e estações de metrô. 

Na estação Saúde do metrô, que ainda possui uma unidade, usuários demonstraram preocupação com o risco de fechamento. “As pessoas que não podem pagar, que vivem do salário mínimo, não têm como comprar”, afirmou a cuidadora de idosos Gilda Silva. “Acho um absurdo querer fechar”, disse a segurança Vanessa Gomes ao repórter Leandro Chaves, para o Seu Jornal, da TVT

Para o conselheiro estadual de saúde Mauri Bezerra, o fechamento dos postos de distribuição de medicamentos faz parte de um modelo de gestão do governo Alckmin, que prioriza a terceirização dos serviços e agora afeta a Fundação para o Remédio Popular (Furp), que fabrica os medicamentos distribuídos no programa Dose Certa.

O deputado estadual Alencar Santana (PT), líder de seu partido na Assembleia, acredita que o que está em jogo é uma uma estratégia do governo Alckmin para enfraquecer a Furp. “O governo está abrindo mão desse patrimônio de São Paulo, um setor estratégico que o estado não pode abandonar, que é a saúde pública. É um descaso total”, afirmou. 

Em nota, a secretaria estadual de Saúde informa que não há qualquer prejuízo para a população com a “reestruturação” da rede de farmácias Dose Certa. 

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